- Javier Milei venceu as eleições de meio de mandato na Argentina, em meio a uma crise econômica prolongada sob o governo peronista.
- O apoio financeiro de US$ 40 bilhões oferecido por Donald Trump foi crucial para a campanha, e Trump foi à Washington alertando que a ajuda seria retirada se Milei não obtivesse um bom resultado.
- A reação dos mercados foi rápida: alta em títulos, ações e no peso; analistas veem a intervenção de Trump como manobra estratégica, ainda sem sinais de retaliação popular.
- Milei teve aproximadamente quarenta e um por cento dos votos, enquanto seus adversários tiveram trinta e dois por cento; a relação com Trump se fortaleceu, com o presidente argentino agradecendo publicamente ao líder americano.
Javier Milei obteve uma vitória surpreendente nas eleições de meio de mandato na Argentina, em um cenário marcado por uma crise econômica prolongada sob a administração peronista. O apoio financeiro de US$ 40 bilhões oferecido por Donald Trump foi crucial para a campanha de Milei, que prometeu reverter a situação econômica do país. Durante uma visita a Washington, Trump alertou que sua ajuda seria retirada caso Milei não obtivesse um bom resultado nas eleições.
A resposta dos mercados foi imediata. Após a vitória de Milei, houve uma alta significativa em títulos, ações e na moeda local, o peso. Especialistas consideram que a manobra de Trump foi uma estratégia bem-sucedida, embora ainda não se tenha evidência de retaliação popular ao seu envolvimento. A percepção de que a ajuda americana era vital para a recuperação econômica parece ter influenciado a decisão dos eleitores.
Análise do Impacto
A vitória de Milei, que obteve quase 41% dos votos, superou as expectativas, especialmente após um desempenho ruim em eleições provinciais anteriores. Seus adversários, que conquistaram 32%, enfrentaram a crescente insatisfação popular com a economia. Brian Winter, especialista em questões argentinas, comentou que a intervenção de Trump pode ser vista como um “golpe de mestre”, ressaltando a dependência dos argentinos da ajuda externa.
O ex-embaixador argentino Diego Guelar expressou preocupação com a influência direta de Trump nas eleições, mas reconheceu que muitos eleitores atribuíram a culpa pela crise econômica aos peronistas. A relação entre Milei e Trump se fortaleceu, com o presidente argentino agradecendo publicamente ao líder americano, chamando-o de “grande amigo da República Argentina”.
O futuro político de Milei e o impacto da ajuda de Trump ainda são incertos, mas a atual conjuntura sugere que a aliança pode trazer benefícios significativos para ambos. A situação na Argentina continua a evoluir, enquanto os mercados reagem às promessas de reformas econômicas e ao novo governo.