- Milhares de manifestantes tomaram as ruas de Seul no último sábado, exibindo bandeiras americanas e cartazes anti-China, próximos da chegada do presidente chinês Xi Jinping para a cúpula da Apec em Gyeongju.
- Os protestos incluíram gritos como “China para fora” e “mandem os comunistas embora” e houve ataques a comunidades e negócios chineses; o governo sul-coreano anunciou entrada sem visto para grupos turísticos chineses, medida vista como ameaça à segurança nacional.
- O presidente Lee Jae Myung criticou os protestos como autodestrutivos e prejudiciais à imagem do país; as autoridades, sob ordens do primeiro-ministro Kim Min-seok, começaram a repressão e bloquearam mais uma vez manifestações em áreas como Myeongdong.
- O embaixador chinês Dai Bing acusou alguns veículos de comunicação de espalhar mentiras sobre a China, enquanto a embaixada em Seul emitiu alertas de segurança para cidadãos chineses. A desaprovação à China subiu de 16 por cento em 2015 para 71 por cento em 2025, alimentada por um movimento de direita e teorias conspiratórias.
- Sobre o impacto, moradores chineses, como Ji e Zhang, relatam preocupação com segurança e direitos; há discussão sobre uma legislação para proibir manifestações discriminatórias, com críticas de que isso pode restringir a liberdade de expressão.
Milhares de manifestantes tomaram as ruas de Seul no último sábado, exibindo bandeiras americanas e cartazes com mensagens anti-China. O ato ocorre em um momento delicado, a poucos dias da chegada do presidente chinês, Xi Jinping, para a cúpula da Apec em Gyeongju. A crescente hostilidade anti-China na Coreia do Sul reflete um aumento significativo nas tensões políticas e sociais, alimentadas por disputas econômicas e culturais.
Os protestos foram marcados por gritos de “China para fora” e “mandem os comunistas embora”, além de ataques a comunidades e negócios chineses. A situação se intensificou após o governo sul-coreano anunciar a entrada sem visto para grupos turísticos chineses, uma medida vista como comprometedora da segurança nacional. O presidente Lee Jae Myung, que busca melhorar as relações com Pequim, criticou os protestos como “autodestrutivos” e prejudiciais à imagem do país.
Repressão e Críticas
As autoridades sul-coreanas, sob ordem do primeiro-ministro Kim Min-seok, iniciaram uma repressão às manifestações. Rallies foram bloqueados em áreas como Myeongdong, um importante distrito comercial. O embaixador chinês, Dai Bing, acusou alguns meios de comunicação de espalhar mentiras sobre a China, enquanto a embaixada em Seul emitiu alertas de segurança para cidadãos chineses.
A hostilidade contra a China não é nova; pesquisas indicam que a desaprovação cresceu de 16% em 2015 para 71% em 2025. Essa mudança é impulsionada por um movimento de direita que se fortaleceu após alegações de infiltração comunista e interferência eleitoral por parte da China. O clima de desconfiança é alimentado por um ambiente repleto de teorias da conspiração e retórica nacionalista.
Impacto na Comunidade Chinesa
Para residentes chineses, como Ji, a situação é alarmante. Ela expressou preocupação com a segurança e os direitos legais de sua família em meio ao aumento da retórica anti-China. Outros moradores, como Zhang, lamentaram a escalada da hostilidade, considerando-a um comportamento extremo de uma minoria. A proposta de legislação para proibir manifestações discriminatórias está em discussão, mas críticos alertam que isso poderia ameaçar a liberdade de expressão.
A crescente tensão entre a Coreia do Sul e a China representa um desafio significativo para o governo sul-coreano, que precisa equilibrar a segurança nacional com a manutenção de relações diplomáticas essenciais.