- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou estar convencido de que um acordo comercial com os Estados Unidos será firmado em poucos dias, após encontro com o presidente Donald Trump em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a cúpula da Asean.
- Lula destacou que a reunião foi positiva e que ambos os líderes demonstraram disposição para resolver o impasse da tarifa de 50% imposta pelo governo americano às exportações brasileiras; Trump não fez promessas, mas mostrou interesse em um acordo de qualidade.
- O Brasil não deve esperar passivamente, disse Lula, e as negociações serão acompanhadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e por outros membros do governo; as tratativas devem seguir com equipes técnicas em Washington.
- Lula entregou a Trump um documento com prioridades para as negociações, incluindo temas sensíveis como a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e a situação na Venezuela.
- O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços afirmou que as tratativas estão avançando espetacularmente bem e disse que os EUA se comprometeram em reverter a taxação. A reunião marca um passo importante para um acordo entre Brasil e Estados Unidos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou nesta segunda-feira, 27 de outubro, que está “convencido” de que um acordo comercial com os Estados Unidos será firmado “em poucos dias”. A declaração ocorreu após um encontro com o presidente Donald Trump em Kuala Lumpur, Malásia, durante a cúpula da Asean. Lula destacou que a reunião foi positiva e que ambos os líderes demonstraram disposição para resolver o impasse sobre a tarifa de 50% imposta pelo governo americano às exportações brasileiras.
Lula enfatizou que, embora Trump não tenha feito promessas concretas, ele expressou interesse em um “acordo de qualidade”. O presidente brasileiro também afirmou que o Brasil não deve esperar passivamente por um acordo, ressaltando a importância de uma relação direta entre os dois países. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros integrantes do governo acompanharão as negociações, que estão avançando conforme informações do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Rosa.
Progresso nas Negociações
As equipes técnicas dos dois países devem continuar as conversas em Washington nas próximas semanas. Lula entregou a Trump um documento com prioridades para as negociações, que inclui temas sensíveis como a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, e a situação na Venezuela. O gesto foi visto como uma tentativa de abordar questões de interesse mútuo na política internacional.
O secretário-executivo do MDIC afirmou que as tratativas estão “avançando espetacularmente bem”, destacando o compromisso dos EUA em reverter a taxação. A reunião entre Lula e Trump foi a primeira desde o início das negociações sobre a tarifa e marca um passo importante para um entendimento comercial entre Brasil e Estados Unidos.