- Trump ofereceu à Argentina até US$ 40 bilhões em ajuda, condicionada à vitória de Javier Milei nas eleições; em encontro na Casa Branca, afirmou: “Se não ganhar, nos vamos. Se perder, não seremos generosos com a Argentina”.
- Na Colômbia, houve aumento de tarifas e retirada de ajuda econômica, com Trump acusando o presidente Gustavo Petro de ser um “líder do narcotráfico”, o que gerou críticas e preocupações nas relações bilaterais.
- A estratégia inclui pressão sobre a China e defesa da agenda “America First”, que tem gerado descontentamento entre agricultores americanos.
- Agricultores do Meio-Oeste dizem que o apoio à Argentina onera seus impostos e questionam a ajuda dada a rivals, enquanto as vendas de soja sofrem com a concorrência externa.
- A política econômica combina incentivos e punições, com tarifas usadas como ferramenta de pressão, além de ações sobre universidades e empresas para alinhar políticas internas e externas.
Donald Trump tem utilizado a economia como uma ferramenta central em sua política externa, tratando questões internacionais como se fossem negócios. Recentemente, ofereceu um pacote de ajuda à Argentina de até US$ 40 bilhões, condicionado à vitória do candidato Javier Milei nas eleições. “Se não ganhar, nos vamos. Se perder, não seremos generosos com a Argentina”, afirmou Trump em um encontro na Casa Branca.
Essa abordagem mercantilista também se reflete em suas ações contra a Colômbia, onde aumentou tarifas e retirou ajuda econômica, acusando o presidente Gustavo Petro de ser um “líder do narcotráfico”. A decisão gerou críticas e preocupações sobre o impacto nas relações bilaterais. A estratégia de Trump inclui pressionar a China, defendendo a agenda “America First”, que tem gerado descontentamento entre agricultores americanos que se sentem prejudicados.
Pressões e Críticas
Os agricultores do Meio-Oeste expressaram frustração com a ajuda à Argentina, argumentando que seus impostos estão sendo usados para financiar a concorrência. Eles apontam que enquanto o governo americano apoia a Argentina, suas próprias vendas de soja e outros produtos estão em declínio devido à competição. Essa situação ilustra a complexidade da política econômica de Trump, que é vista por alguns como uma forma de manipulação.
Além disso, Trump tem aplicado tarifas como forma de pressão em diversas situações, incluindo negociações com países como México e Canadá. “Os aranceles são uma arma para conseguir o que queremos”, disse Trump, defendendo sua abordagem como necessária para proteger os interesses americanos. Essa visão de mundo, onde não existem aliados permanentes, apenas adversários, molda suas decisões e estratégias comerciais.
Impacto Global
A guerra comercial com a China continua a ser uma preocupação crescente, com Trump ameaçando novas tarifas em resposta ao controle chinês sobre minerais críticos. As tensões entre as duas potências estão em alta, e uma cúpula entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, está prevista para discutir a situação. A interdependência econômica entre os países torna um conflito comercial arriscado para ambos.
A gestão de Trump, que combina incentivos e punições, também se estende à política interna. Ele tem pressionado universidades a cortarem fundos para estudantes estrangeiros e a eliminarem políticas de diversidade, além de ameaçar ações legais contra empresas que não se alinhem com suas diretrizes. Essa abordagem reflete uma tentativa de consolidar seu poder e influência, tanto no cenário nacional quanto internacional.
