- Comissão independente da ONU conclui que ataques de drones russos contra civis na região sudeste da Ucrânia configuram crimes contra a humanidade e crimes de guerra, com mais de 200 mortes e 2.000 feridos em Kherson, Mykolaiv e Dnipropetrovsk.
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- A investigação aponta que os ataques foram sistemáticos e intencionais, miraram população civil, pontos de distribuição humanitária e infraestrutura crítica, e usam drones de diferentes modelos.
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- O relatório afirma que os ataques visam expulsar civis, com atuação coordenada, baseando-se em mais de 200 entrevistas e 500 registros de vídeo; ataques a ambulâncias e brigadas de incêndio são recorrentes.
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- Moradores de Kherson relatam constante ameaça de ataques aéreos e vivem em estado de terror, enquanto a Rússia nega mirar civis e não colaborou com a investigação da ONU.
- O documento ressalta que a ausência de cooperação de Moscou dificulta também a averiguação de possíveis ataques ucranianos em áreas ocupadas, aumentando a gravidade da crise humanitária.
Os ataques de drones russos contra civis na Ucrânia foram novamente condenados por uma comissão independente da ONU. O relatório, divulgado recentemente, classifica essas ações como crimes contra a humanidade e crimes de guerra, com mais de 200 civis mortos e 2.000 feridos nas regiões de Kherson, Mykolaiv e Dnipropetrovsk.
A investigação revelou que os ataques foram sistemáticos e intencionais, visando não apenas a população civil, mas também pontos de distribuição humanitária e infraestrutura crítica. Os drones utilizados variam em modelo e capacidade, sendo frequentemente equipados com sistemas de orientação e explosivos. O relatório aponta que as forças russas têm repetidamente atacado os mesmos locais, criando um ambiente de terror para os moradores locais.
Ataques Coordenados
Os autores do relatório destacam que esses ataques fazem parte de uma política coordenada para expulsar civis das áreas afetadas. A comissão realizou mais de 200 entrevistas e analisou 500 registros de vídeo para embasar suas conclusões. Além disso, o documento menciona que os ataques a ambulâncias e brigadas de incêndio são uma prática recorrente.
Moradores de Kherson relataram a constante ameaça de ataques aéreos, descrevendo o cotidiano como uma luta pela sobrevivência. Um residente compartilhou sua experiência, mencionando a sensação de que a qualquer momento poderia ser alvo de um drone. A psicologia do medo imposta por esses ataques tem sido devastadora, com muitos cidadãos vivendo em estado de terror.
Resposta Russa
Apesar das evidências apresentadas, a Rússia continua a negar que suas ações tenham como alvo civis. O governo russo não colaborou com a investigação da ONU, ignorando múltiplas solicitações de acesso e informações. O relatório também expressa a intenção de investigar alegações de ataques ucranianos em áreas ocupadas, mas a falta de cooperação por parte de Moscou impede esse processo.
As consequências dos ataques de drones na Ucrânia evidenciam a gravidade da situação humanitária, além de reforçar a necessidade de uma resposta internacional eficaz.