- Hezbolá, fundado em 1982, enfrenta pressão para desarmar, principalmente com o novo governo libanês sob influência dos Estados Unidos.
- A milícia é vista hoje como possível fonte de conflito com Israel, mesmo após a trégua de novembro de 2024.
- Israel tem realizado ataques frequentes no Líbano, desrespeitando o cessar-fogo e elevando tensões, com deslocamentos civis contínuos. Recentemente, bombardeios israelenses resultaram na morte de líderes da milícia, Hashem Safiedine e Hasan Nasralá.
- O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos informou ao menos 103 civis mortos e cerca de 80.000 pessoas deslocadas desde a trégua.
- Analistas afirmam que há possibilidade real de uma nova guerra entre Hezbolá e Israel, com a milícia mais preparada e Israel sem surpresa, o que pode ampliar danos à população civil.
Hezbolá, fundado em 1982, enfrenta uma crescente pressão para desarmar, especialmente sob o novo governo libanês, que é influenciado pelos Estados Unidos. A milícia, que se posicionou como defensora da Palestina, agora é vista como uma potencial fonte de conflito com Israel. Desde a trégua de novembro de 2024, as tensões aumentaram, com Israel realizando ataques frequentes no Líbano, desrespeitando o cessar-fogo.
Recentemente, bombardeios israelenses resultaram na morte de líderes da milícia, como Hashem Safiedine e Hasan Nasralá, aumentando a incerteza sobre o futuro da região. O exército israelense alega que suas operações visam neutralizar a ameaça representada por Hezbolá, que se recusa a desarmar. Desde o armistício, Israel supostamente violou a trégua mais de 4.500 vezes, com ataques que deixaram civis entre as vítimas.
Pressão Internacional e Consequências Locais
A pressão dos EUA para desarmar Hezbolá se intensificou, com o governo libanês comprometendo-se a buscar o monopólio estatal das armas. No entanto, a resistência da milícia e a percepção de que a população não pode depender do exército libanês, que é considerado fraco e corrupto, complicam a situação. Muitos libaneses, especialmente os que vivem perto da fronteira, veem Israel como uma ameaça constante.
Os ataques israelenses têm gerado deslocamento em massa. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos informou que ao menos 103 civis foram mortos desde a trégua, com cerca de 80.000 pessoas deslocadas. A situação humanitária no Líbano se agrava, enquanto a pressão internacional aumenta em busca de um desarmamento que pode não ocorrer sem uma solução política sólida.
O Futuro Incerto
Analistas apontam que a possibilidade de uma nova guerra entre Hezbolá e Israel é real. A escalada atual pode levar a um conflito ainda mais devastador. O pesquisador Mohanad Hage Ali alerta que a próxima guerra será diferente, com Hezbolá mais preparado e Israel sem o fator surpresa. A população civil, mais uma vez, pode ser a mais afetada, enfrentando a devastação e a incerteza de um futuro pacífico.