- A ONU classificou os ataques aéreos russos contra civis na Ucrânia como crimes de guerra e contra a humanidade, segundo relatório, desde julho de 2024; são mais de duzentos civis mortos, cerca de dois mil feridos e mais de três mil casas danificadas em Dnipro, Jersón e Mikolaiv.
- Os ataques, feitos com drones, atingem áreas civis e hospitais, e a investigação aponta que ocorrem em regiões sem presença militar.
- Uma moradora de Dnipro relatou que um drone entrou na casa dela, causando incêndio enquanto tentava apagar as chamas.
- Houve deportações forçadas de ucranianos, especialmente na região de Zaporízia, com obrigatoriedade de deixar as casas; há registros de deportações para a Geórgia via Rússia.
- O general russo Mijail Teplinski é apontado como um dos responsáveis pela estratégia de expulsar civis e deslocar a população; a ONU continua monitorando o caso e pressionando por responsabilização dos responsáveis.
A ONU divulgou um relatório alarmante que classifica os ataques aéreos russos contra civis na Ucrânia como crimes de guerra e contra a humanidade. A investigação revelou que, desde julho de 2024, mais de 200 civis foram mortos e cerca de 2.000 ficaram feridos em ataques sistemáticos nas regiões de Dnipro, Jersón e Mikolaiv.
Os ataques, realizados com drones, visam áreas civis e resultaram na destruição de mais de 3.000 casas. O relatório, elaborado por uma comissão de especialistas em direitos humanos, destaca que os drones são utilizados para observar e atacar cidadãos e infraestruturas essenciais, como hospitais e locais de distribuição humanitária.
Métodos de Ataque
Os ataques aéreos ocorrem frequentemente em áreas onde não há presença militar ucraniana. Segundo os investigadores, as forças russas operam a partir de locais sob seu controle, utilizando drones que atacam diretamente civis. Um testemunho de uma residente de Dnipro ilustra a situação: um drone entrou em sua casa, causando um incêndio enquanto ela tentava apagar as chamas, temendo novos ataques.
A ONU também documentou deportações forçadas de ucranianos, especialmente na região de Zaporízia, onde cidadãos são obrigados a deixar suas casas sob a acusação de atividades desestabilizadoras. Além disso, foram registrados casos de deportações para a Geórgia, via Rússia, com alegações de não cooperação com as autoridades ocupantes.
Consequências e Responsáveis
A comissão identificou que os ataques têm o objetivo de expulsar a população civil de suas terras, uma prática que contraria os direitos humanos. O general russo Mijail Teplinski é apontado como um dos responsáveis pela execução dessa estratégia, que visa a destruição em larga escala e o deslocamento forçado da população ucraniana.
Esses relatos foram coletados por meio de entrevistas e análise de vídeos, reforçando a seriedade da situação. A ONU continua a monitorar a situação e a pressionar por ações que garantam a proteção dos civis e a responsabilização dos perpetradores.