- Acordo entre China e EUA sobre o TikTok deve ser finalizado nesta semana durante a visita de Donald Trump à Ásia, onde se reunirá com Xi Jinping, com quadro que mantém adiamento de um ano de restrições sobre minerais raros e suspensão de tarifas entre os dois países.
- O entendimento prevê uma joint venture com participação majoritária de investidores americanos, com Oracle, Silver Lake e o fundo soberano de Abu Dhabi (MGX) somando cerca de quarenta e cinco por cento; ByteDance ficará com menos de vinte por cento e investidores americanos que já tinham participação na ByteDance terão aproximadamente trinta e cinco por cento.
- Oracle ficará responsável pelo controle do algoritmo e pela infraestrutura de dados nos Estados Unidos; dados dos usuários serão armazenados em servidores locais e o algoritmo será reconfigurado com informações apenas de usuários americanos; a governança terá conselho majoritariamente de membros indicados por investidores dos EUA.
- O acordo enfrenta resistência no Congresso: o deputado John Moolenaar, presidente do comitê que supervisiona a relação com a China, destacou preocupações com a influência continuada da ByteDance e disse que a desconfiança persiste enquanto houver participação chinesa.
- Ainda dependem aprovações regulatórias em ambos os países, incluindo uma licença de exportação da China para transferência da tecnologia do algoritmo; a data-limite para o banimento do TikTok nos EUA foi adiada para 16 de dezembro de 2025; o app tem mais de 170 milhões de usuários nos Estados Unidos.
A China e os Estados Unidos devem finalizar um acordo sobre o TikTok nesta semana, conforme anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A decisão ocorrerá durante sua visita à Ásia, onde se reunirá com o líder chinês Xi Jinping para discutir a guerra comercial. O acordo inclui um “quadro substancial” que abrange o adiamento por um ano das restrições sobre a exportação de minerais raros e a suspensão de tarifas americanas sobre produtos chineses.
O novo entendimento sobre o TikTok prevê a formação de uma joint venture com participação majoritária de investidores americanos. A estrutura acionária será dividida entre Oracle, Silver Lake e o fundo soberano de Abu Dhabi, MGX, que terão cerca de 45% juntos. A controladora chinesa, ByteDance, ficará com menos de 20%, enquanto investidores americanos que já possuem participação na ByteDance terão aproximadamente 35%.
Scott Bessent, secretário do Tesouro americano, ressaltou que a Oracle será responsável pelo controle do algoritmo e pela infraestrutura de dados da operação nos EUA. A empresa armazenará dados de usuários em servidores locais e reconfigurará o algoritmo com informações apenas de usuários americanos. A governança da nova empresa também busca limitar a influência chinesa, com um conselho composto majoritariamente por membros indicados por investidores dos EUA.
Resistência no Congresso
Apesar do avanço nas negociações, o acordo enfrenta resistência no Congresso americano. O deputado John Moolenaar, presidente do comitê que supervisiona a relação com a China, expressou preocupações sobre a influência contínua da ByteDance. Ele destacou que enquanto houver participação chinesa, a desconfiança persistirá.
O acordo ainda depende de aprovações regulatórias nos dois países, incluindo uma licença de exportação da China para a transferência da tecnologia do algoritmo. A data-limite para a imposição do banimento do TikTok nos EUA foi adiada por Trump, agora prevista para 16 de dezembro de 2025. Com mais de 170 milhões de usuários nos EUA, o TikTok continua sendo um tema central nas relações entre as duas potências.