- A relatora da ONU para a Palestina, Francesca Albanese, apresentou relatório que denuncia a participação de 63 países na ofensiva de Israel em Gaza, destacando os Estados Unidos como país mais citado e pedindo a suspensão de relações comerciais e militares com Israel; Alemanha e Reino Unido também são mencionadas.
- O documento, intitulado “O genocídio de Gaza, um crime coletivo”, sustenta que a comunidade internacional, especialmente nações ocidentais, mantém laços que ajudam a perpetuar uma ocupação considerada ilegal e, segundo o relatório, agravada por um genocídio “permitido internacionalmente”.
- Albanese afirma que os EUA são o país mais citado e que há participação de várias nações europeias e árabes; segundo ela, muitos Estados financiam e protegem o apartheid militarizado de Israel, permitindo que a colonização evolua para genocídio contra o povo palestino.
- A pesquisa aponta fornecimento de armas por Alemanha e Itália a Israel, mesmo com resoluções da ONU que pedem embargo desde 1976; desde outubro de 2023, os EUA teriam autorizado 742 transferências de armas.
- Segundo Albanese, a Alemanha é o segundo maior fornecedor de armas durante o conflito; o Reino Unido, embora avance em direção ao reconhecimento do Estado palestino, mantém base em Chipre para apoiar operações israelenses; a União Europeia é criticada por não aplicar sanções equivalentes às de outros países.
A relatora da ONU para a Palestina, Francesca Albanese, apresentou um novo relatório que denuncia a complicidade de 63 países na ofensiva israelense em Gaza, destacando os Estados Unidos como o principal mencionado. O documento pede a suspensão de relações comerciais e militares com Israel, citando também Alemanha e Reino Unido como participantes desse apoio.
Albanese argumenta que a comunidade internacional, em especial nações ocidentais, colabora há anos com a perpetuação de uma ocupação ilegal, que agora se intensificou em um genocídio “permitido internacionalmente”. O relatório, intitulado “O genocídio de Gaza, um crime coletivo”, analisa como esses países mantêm laços diplomáticos e comerciais com Israel, que podem ser interpretados como apoio a atos ilegais, incluindo crimes de guerra.
O relatório ressalta que os EUA são o país mais mencionado, mas também aborda a participação de várias nações europeias e árabes. Albanese afirmou que, por meio de ações e omissões, muitos Estados estão financiando e protegendo o apartheid militarizado de Israel, permitindo que a colonização se transforme em genocídio contra o povo palestino.
Denúncias de Fornecimento de Armas
A pesquisa revela que países como Alemanha e Itália têm fornecido armamentos a Israel, mesmo diante de resoluções da ONU que pedem um embargo de armas desde 1976. Desde o início da atual ofensiva em Gaza, em outubro de 2023, os EUA autorizaram 742 transferências de armas para Israel. Albanese criticou a falta de transparência nos envios, especialmente sob as administrações de Joe Biden e Donald Trump.
Além disso, o relatório destaca que a Alemanha é o “segundo maior fornecedor de armas” durante o genocídio, enquanto o Reino Unido, embora avance em direção ao reconhecimento do Estado palestino, permite que sua base em Chipre seja usada para apoiar operações israelenses. Albanese também criticou a União Europeia por não aplicar as mesmas sanções a Israel que foram impostas a outros países, como a Rússia.
O relatório de Albanese, que foi apresentado por videoconferência a partir da África do Sul, busca aumentar a pressão sobre a comunidade internacional para que tome uma posição mais firme em relação à situação em Gaza, onde a violência e as violações de direitos humanos têm se intensificado dramaticamente.