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Chefes do exército russo torturam e executam soldados que recusam lutar na Ucrânia

Verstka lista 101 oficiais russos acusados de matar, torturar ou punir com crueldade; pelo menos 150 mortes verificadas e 29 mil denúncias à procuradoria militar

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Russian soldiers in the Zaporizhzhia region of Ukraine. Since the start of Russia’s full-scale invasion of Ukraine, reports of soldiers being killed by their own side have circulated widely.
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  • A Verstka, veículo de notícias independente, aponta que 101 oficiais são acusados de assassinatos, torturas e punições cruéis, com ao menos 150 mortes verificadas (número pode ser maior).
  • A base da apuração inclui depoimentos de soldados, familiares de vítimas e registros de queixas à procuradoria militar.
  • Desde o início da invasão da Ucrânia, há relatos de mortes entre soldados por outros membros, uso de unidades de bloqueio para impedir retiros e recusa a lutar; a reportagem detalha métodos como “execution shooters” (atiradores de execução) e uso de drones.
  • A investigação aponta 29 mil queixas apresentadas à procuradoria militar no primeiro semestre de 2025, sendo mais de 12 mil relacionadas a abusos por superiores, com a maioria dos implicados ainda impune.
  • Há relatos de tortura, com sessões de espancamento e obrigatoriedade de lutar entre si; há também extorsão financeira, em que comandantes exigem pagamentos para evitar missões suicidas, e quem não paga é eliminado (zeroed).

Relatórios recentes indicam uma grave crise de disciplina e violência interna nas forças armadas russas, com 101 oficiais acusados de assassinatos, torturas e punições cruéis. A investigação da Verstka, um veículo de notícias independente, revelou que ao menos 150 mortes foram verificadas, embora o número real possa ser ainda maior. Os dados foram coletados a partir de depoimentos de soldados, familiares das vítimas e registros de queixas oficiais.

Desde o início da invasão da Ucrânia, surgiram relatos de soldados sendo mortos por seus próprios companheiros, com o uso de unidades de bloqueio para impedir retiradas e recusa em lutar. A pesquisa da Verstka detalha métodos brutais, como a designação de “execution shooters” para eliminar os que se negam a obedecer, além do uso de drones para atacar soldados feridos ou em retirada. Em muitos casos, esses assassinatos foram encobertos como ações de combate.

Impunidade e Queixas

A investigação também revelou que 29 mil queixas foram apresentadas à procuradoria militar russa apenas no primeiro semestre de 2025, com mais de 12 mil relacionadas a abusos por superiores. Apesar da gravidade das acusações, a maioria dos oficiais implicados permanece impune, com uma cultura de violência aparentemente normalizada nas tropas.

Os relatos incluem casos de tortura, onde soldados que desobedecem ordens são submetidos a sessões de espancamento e até forçados a lutar entre si em batalhas mortais. Além disso, a pesquisa documentou extorsão financeira, onde os comandantes exigem pagamentos em troca de evitar missões suicidas. Os que não pagam são frequentemente eliminados, um termo conhecido como “zeroed”.

A situação expõe uma realidade alarmante dentro do exército russo, onde a falta de responsabilidade e a brutalidade se tornaram práticas comuns. A investigação da Verstka representa um dos estudos mais abrangentes sobre a violência interna nas forças armadas, revelando a necessidade urgente de uma resposta a essas violações.

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