Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Hospital à prova de bombas na linha de frente de Pokrovsk

Aviões russos lançam três bombas guiadas sobre hospital militar subterrâneo perto de Pokrovsk; morre Stanislav, anestesista de 32 anos; feridos 12–14

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Hospital à prova de bombas na linha de frente de Pokrovsk
0:00 0:00
  • Hospitais militares subterrâneos em Pokrovsk, financiados pelo empresário Rinat Ajmétov via Metinvest, funcionam como pontos de evacuação e estabilização para feridos, com drones monitorando e transporte rápido. Foram inaugurados no verão passado.
  • No final de setembro, aviões russos jogaram três bombas guiadas sobre o hospital, que permaneceu intacto, mas matou o anestesista Stanislav, 32 anos, e deixou entre 12 e 14 feridos.
  • Os complexos ficam a sete metros de profundidade, são monitorados por drones e contam com sistema de socorro rápido; segundo Roman Kuziv, mais da metade das vítimas são atingidas por drones, ao passo que apenas 2% por balas.
  • A evacuação continua como grande desafio: drones ampliam a zona de perigo e dificultam a retirada; um soldado de 25 anos relatou ter sido atingido por disparo de artilharia durante a operação.
  • Ievgenii, cirurgião e chefe do hospital, fala das dificuldades emocionais frente às perdas e defende treinamento de primeiros socorros para soldados; Kuziv ressalta a importância de ensinar militares a salvar vidas, além de combater.
  • O conjunto custou cerca de 12 milhões de grivnas (aproximadamente 250 mil euros) e tem capacidade para atender até 150 pessoas por dia, sustentado pelo apoio financeiro de Ajmétov e da Metinvest.

Hospitais militares subterrâneos em Pokrovsk, financiados pelo empresário Rinat Ajmétov, têm se mostrado essenciais durante o conflito na Ucrânia. Inauguradas no verão passado, essas instalações funcionam como pontos de evacuação e estabilização para soldados feridos. Recentemente, em um ataque aéreo no final de setembro, aviões russos lançaram três bombas guiadas sobre o hospital, que, apesar do impacto, permaneceu intacto. Contudo, o ataque resultou na morte do anestesista Stanislav, de 32 anos, e deixou entre 12 e 14 feridos.

Os hospitais subterrâneos, construídos a sete metros de profundidade, são monitorados por drones e possuem um sistema de transporte rápido para os feridos. Roman Kuziv, comandante das Forças Médicas, ressaltou que os drones têm alterado significativamente o perfil dos feridos, com mais da metade das vítimas sendo atingidas por esses dispositivos, ao contrário de apenas 2% por balas. O fluxo constante de pacientes exige uma resposta rápida da equipe médica, que já se tornou rotina.

Desafios na Evacuação

A evacuação de feridos continua a ser um grande desafio. Kuziv comentou que a atividade de drones ampliou a chamada “zona de perigo”, dificultando a retirada de soldados feridos. O soldado Serguéi, de 25 anos, relatou que ele e seus colegas foram atingidos por um disparo de artilleria enquanto tentavam evacuar outro ferido. Essa situação evidencia a complexidade das operações de resgate em meio ao conflito.

Ievgenii, cirurgião e chefe do hospital, expressou suas dificuldades emocionais ao lidar com a perda de pacientes, mas reafirmou seu compromisso com a medicina militar. Ele comentou que a formação de soldados em primeiros socorros é crucial, uma vez que muitos feridos não são mais causados por balas, mas por explosões de drones. Kuziv defende que é essencial ensinar aos militares não apenas a combater, mas também a salvar vidas.

Estrutura e Financiamento

As instalações, que custaram cerca de 12 milhões de grivnas (aproximadamente 250 mil euros), são um investimento significativo em um cenário de guerra. O hospital possui capacidade para atender até 150 pessoas em um único dia, refletindo a urgência e a necessidade de cuidados médicos na linha de frente. O suporte financeiro de Ajmétov e sua empresa Metinvest tem sido fundamental para a operação desses centros médicos, que se tornaram verdadeiras fortalezas de saúde no meio do conflito.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais