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Missionário brasileiro relata tensão após golpe em Madagascar

Madagascar sofre golpe de Estado em 14 de outubro de 2025; presidente destituído e Forças Armadas assumem sob Michael Randrianirina; missionário brasileiro em Betroka segue ativo

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
As crianças estão no centro da obra missionária - Foto: Arquivo Pessoal
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  • Madagascar viveu um golpe de Estado em 14 de outubro de 2025: o presidente Andry Rajoelina fugiu, a Assembleia destituiu-o e as Forças Armadas, sob o comando do coronel Michael Randrianirina, assumiram o poder, gerando instabilidade e mudanças nas relações internacionais com Rússia e China.
  • O missionário brasileiro Luís Fernando Basso, há 13 anos em Betroka, região sul, comenta como a crise afeta a missão com o povo Bara, conhecido pela resistência histórica ao cristianismo.
  • Os Bara, tradicionalmente animistas e seminomades, associam o cristianismo a uma religião estrangeira, o que dificulta a evangelização.
  • O golpe reflete descontentamento com um governo mais autoritário; o país aproxima-se de Rússia e China e rompeu laços com França e com a União Africana.
  • Basso aponta avanços e desafios: uso do filme Jesus em 580 vilas, programa de esportes para crianças que atrai jovens, e o Projeto Cooperadores que oferece alimentação, transporte e treinamento, com chamados a apoio e oração.

Recentemente, Madagascar enfrentou um golpe de Estado em 14 de outubro de 2025, resultando na fuga do presidente Andry Rajoelina e na destituição pela Assembleia Nacional. As Forças Armadas, sob o comando do coronel Michael Randrianirina, assumiram o controle, gerando um clima de instabilidade no país.

O missionário brasileiro Luís Fernando Basso, que atua há 13 anos na região de Betroka, no sul de Madagascar, relata os impactos dessa crise política em sua missão com o povo Bara. A região é conhecida por sua resistência histórica ao cristianismo, agravada por traumas da colonização e tensões políticas. Basso, junto com sua família, trabalha para evangelizar um povo que, devido a experiências passadas, associa o cristianismo a uma religião estrangeira.

O golpe de Estado reflete o descontentamento da população com um governo cada vez mais autoritário. Rajoelina, que chegou ao poder em 2009, enfrentou diversas denúncias ao longo de seu mandato. A nova administração militar já provocou mudanças nas relações internacionais do país, com Madagascar se aproximando de potências como Rússia e China, enquanto rompeu laços com a França e a União Africana.

Desafios na Evangelização

Basso destaca que a evangelização entre os Bara enfrenta múltiplos desafios. O povo, de tradição animista e seminômade, resiste à mensagem cristã. Para superar essa barreira, o missionário utiliza o filme “Jesus” como ferramenta de evangelização, já exibido em 580 vilas. Além disso, um programa de esportes para crianças tem atraído muitos jovens, promovendo um espaço para interação e aprendizado.

Apesar das dificuldades, Basso observa frutos positivos em seu trabalho. “Temos visto baras convertidos e pastores locais sendo formados”, afirma. No entanto, ele ressalta a necessidade de apoio e oração para continuar a missão. O Projeto Cooperadores, que oferece recursos para alimentação, transporte e treinamento, é uma das formas de ajudar a comunidade local a crescer espiritualmente.

A situação em Madagascar continua a evoluir, e a equipe missionária permanece firme em seu propósito, buscando transformar vidas e corações em meio a um contexto de incertezas.

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