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Jerusalém se prepara para manifestação maciça de ultraortodoxos contra o serviço militar

Centenas de milhares de ultraortodoxos concentram-se em Jerusalém contra o alistamento; a cidade fecha a estação de trem e o acesso a Tel Aviv; marcha dos milhões, sem discursos

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Jerusalém se prepara para manifestação maciça de ultraortodoxos contra o serviço militar
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  • Centenas de milhares de judeus ultraortodoxos devem se reunir em Jerusalém nesta quinta-feira, 30 de outubro de 2025, na marcha do milhão contra o alistamento; a cidade fechou a única estação de trem e o acesso à estrada para Tel Aviv, sem palco nem discursos, organizada por rabinos.
  • A manifestação expressa oposição à exigência de serviço militar, defendida pela visão de que a contribuição dos ultraortodoxos se dá pelo estudo da Torá; participação inclui quase todas as facções, exceto um pequeno grupo radical que boicota o evento.
  • A tensão política envolve o governo de Benjamin Netanyahu e partidos ultraortodoxos, como Judaísmo Unido e Shas, com mais de 870 prisões por desobediência ao serviço militar desde o verão.
  • O premiê precisa do apoio dos ultraortodoxos para manter a coalizão; a oposição, liderada por Yair Lapid, propõe que quem não se alistar não possa votar; a exenção, criada em 1948, hoje abrange about 13% da população e pode chegar a 32% até 2065.
  • A marcha é vista como um pronunciamento de descontentamento e pode impactar o futuro da política de alistamento, com atenção da sociedade e possíveis desdobramentos políticos.

Centos de milhares de judeus ultraortodoxos estão se preparando para uma grande manifestação em Jerusalém nesta quinta-feira, 30 de outubro de 2025, contra o alistamento militar. A cidade já fechou sua única estação de trem e o acesso à estrada para Tel Aviv, antecipando uma protesta sem precedentes em uma década. A mobilização, organizada por rabinos, não contará com palcos ou discursos, sendo descrita como uma “marcha do milhão”.

A manifestação visa expressar a oposição à exigência de serviço militar, que muitos ultraortodoxos consideram uma violação de suas crenças religiosas. Ao invés de se alistarem, eles argumentam que sua contribuição para a proteção de Israel se dá por meio do estudo da Torá. A participação na marcha incluirá quase todas as facções do judaísmo ultraortodoxo, com exceção de um pequeno grupo radical que decidiu boicotar o evento.

Tensão Política

A exenção militar dos ultraortodoxos é um tema delicado em Israel, gerando tensões políticas significativas entre o governo de Benjamin Netanyahu e os partidos ultraortodoxos, como Judaísmo Unido e Shas. O aumento de mais de 870 prisões por desobediência ao serviço militar desde o verão reacendeu as discussões sobre o alistamento. A proposta de um novo projeto de lei de alistamento não agradou a quase ninguém, causando divisões dentro do Likud, o partido de Netanyahu.

O primeiro-ministro enfrenta um dilema, pois precisa do apoio dos partidos ultraortodoxos para manter sua coalizão. Enquanto isso, a oposição, liderada por Yair Lapid, intensifica a pressão, propondo que aqueles que não se alistarem não poderão votar. A exenção, que remonta à fundação do Estado em 1948, agora abrange cerca de 13% da população israelense, com projeções indicando que esse número pode aumentar para 32% até 2065.

A marcha de hoje é mais do que uma simples demonstração; é uma expressão de descontentamento e um chamado à ação em um cenário já tenso. A sociedade israelense está atenta ao desdobramento desse evento, que pode impactar o futuro da política de alistamento militar no país.

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