- Quatro búlgaros foram condenados pela justiça francesa a dois a quatro anos de prisão por vandalizar um memorial judaico em Paris, em meio a tensões ligadas à guerra entre Israel e Hamas iniciada em outubro de 2023, com a corte identificando possíveis conexões com serviços de inteligência russos.
- Georgi Filipov e Kiril Milushev receberam duas anses de prisão; Nikolay Ivanov foi sentenciado a quatro anos e Mircho Angelov a três anos, sendo Angelov considerado o líder da operação; todos ficam proibidos de entrar na França por toda a vida.
- Angelov permanece foragido.
- A investigação classifica o ato como um dos nove incidentes suspeitos de interferência estrangeira, com autoridades citando atuação de atores ligados à Rússia para influenciar a opinião pública francesa.
- Durante o julgamento, os réus tentaram desviar a culpa, mas a procuradoria afirmou que a interferência externa foi indiscutível e visou provocar divisão na sociedade.
Quatro búlgaros foram condenados pela justiça francesa a penas de dois a quatro anos de prisão por vandalizar um memorial judaico em Paris. O ato ocorreu em meio a crescentes tensões relacionadas à guerra entre Israel e o Hamas, iniciada em outubro de 2023. A corte identificou possíveis conexões com serviços de inteligência russos na orquestração do crime.
Os condenados, Georgi Filipov e Kiril Milushev, receberam penas de dois anos, enquanto Nikolay Ivanov e Mircho Angelov foram sentenciados a quatro e três anos, respectivamente. Angelov, considerado o “líder” da operação, permanece foragido. Além das penas de prisão, todos os réus foram banidos de entrar na França por toda a vida.
Vandalismo e Interferência Estrangeira
O ato de vandalismo, que envolveu a aplicação de impressões digitais vermelhas no memorial, foi classificado como um dos nove incidentes suspeitos de interferência estrangeira. O memorial homenageia 3.900 pessoas que protegeram judeus durante a ocupação nazista. A procuradoria francesa afirmou que o incidente foi explorado por atores ligados à Rússia nas redes sociais, visando provocar divisão na sociedade francesa.
Durante o julgamento, os réus tentaram se eximir de responsabilidade, alegando que Angelov era o verdadeiro responsável pela ação. Filipov, um dos condenados, negou ter consciência de que estava vandalizando um memorial e minimizou suas ligações passadas com ideologias extremistas. A corte, no entanto, reconheceu que a interferência estrangeira foi “indiscutível”, visando manipular a opinião pública.
As autoridades continuam a investigar outras ações semelhantes, reforçando a preocupação com a influência externa em eventos sociais e políticos na França.