- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Departamento de Defesa deve se preparar para uma possível ação militar rápida na Nigéria, condicionando-a à resposta do governo nigeriano para impedir os assassinatos de cristãos e cortando imediatamente a ajuda humanitária caso não haja ações efetivas.
- Em tom de ameaça, Trump disse que, se houver intervenção, será com força total para eliminar grupos terroristas e pediu agilidade ao governo nigeriano.
- A Nigéria recebeu críticas ao ser incluída, ao lado de China e Coreia do Norte, em lista de países que violam a liberdade religiosa; Tinubu afirmou que o país luta contra a intolerância religiosa e não é intolerante.
- O país abriga cerca de 200 grupos étnicos, convivendo de forma ampla, mas enfrenta conflitos étnico-religiosos, com o grupo extremista Boko Haram responsável por milhares de mortes.
- Do lado militar, a administração dos EUA já mobilizava forças navais em várias regiões, incluindo flotilha no Caribe, e recentemente ordenou a retomada de testes de armas nucleares, enquanto a retirada de tropas de outras partes da África complica a perspectiva de intervenção.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o Departamento de Defesa deve se preparar para uma possível ação militar na Nigéria. A medida está condicionada à resposta do governo nigeriano em impedir os assassinatos de cristãos. Trump também afirmou que cortará imediatamente a ajuda humanitária ao país africano, caso não haja ações efetivas.
Em suas declarações, Trump utilizou um tom ameaçador, afirmando que, se os EUA intervirem, será com força total para eliminar grupos terroristas. Ele exortou o governo nigeriano a agir rapidamente, ressaltando que a intervenção seria “rápida e decisiva”. A Nigéria foi recentemente incluída em uma lista de países que violam a liberdade religiosa, ao lado de nações como China e Coreia do Norte.
Resposta da Nigéria
O presidente nigeriano, Bola Ahmed Tinubu, respondeu às ameaças de Trump, destacando que seu governo está comprometido em combater a intolerância religiosa. Tinubu enfatizou que a caracterização da Nigéria como um país intolerante não reflete a realidade da nação e os esforços para proteger a liberdade religiosa de todos os cidadãos.
Historicamente, a Nigéria possui uma rica diversidade étnica e religiosa, com aproximadamente 200 grupos étnicos que convivem em um ambiente de coexistência pacífica, embora também enfrente desafios significativos relacionados a conflitos étnico-religiosos. O grupo extremista Boko Haram, por exemplo, tem sido responsável por milhares de mortes, principalmente entre a população muçulmana.
Contexto Militar
A retórica beligerante de Trump não é nova, já que sua administração tem mobilizado forças navais em diversas regiões, incluindo uma flotilha no Caribe. Recentemente, o presidente também ordenou a retomada de testes de armas nucleares, um sinal de sua postura militarista. A situação na Nigéria se torna ainda mais complexa, considerando a retirada de tropas americanas de outras regiões da África, o que levanta questões sobre a viabilidade de uma intervenção militar efetiva.