- Uma estátua egípcia de três mil quinhentos anos, roubada e exportada ilegalmente do Egito, será devolvida à Embaixada do Egito em Haia ainda este ano, após confirmação de contrabando pela Inspeção de Informação e Patrimônio da Holanda e identificação na TEFAF Maastricht em 2022, por meio de uma dica de visitante.
- A devolução é vista como gesto simbólico, apoiado pelo governo holandês e bem recebida pelo presidente Abdel Fattah el-Sisi, reforçando o combate ao comércio ilegal de patrimônio.
- A entrega respeitará a Convenção da UNESCO de 1970, que proíbe importação, exportação e venda de bens culturais traficados, segundo autoridades holandesas.
- O artefato representa um oficial importante da dinastia de Thutmose III; o curador Daniel Soliman ressalta o valor histórico da peça e o acesso que o oficial teve a materiais da época.
Uma estátua egípcia de 3.500 anos, que foi roubada e exportada ilegalmente do Egito, será devolvida à Embaixada do Egito em Haia ainda este ano. A decisão foi anunciada pela Inspeção de Informação e Patrimônio da Holanda, após uma investigação que confirmou o contrabando da peça. O artefato foi identificado em 2022 durante a feira de arte TEFAF Maastricht, após uma dica de um visitante.
A estátua, que representa um oficial importante da dinastia do faraó Thutmose III, foi devolvida após o comerciante que a possuía ter se apresentado voluntariamente. A inspeção holandesa destacou que esse tipo de intervenção é raro, ocorrendo apenas algumas vezes por ano. O retorno da estátua será um gesto simbólico, apoiado pelo governo holandês e bem recebido pelo presidente egípcio Abdel Fattah el-Sisi.
Importância Cultural e Legal
O primeiro-ministro interino da Holanda, Dick Schoof, enfatizou a relevância da devolução como parte do combate ao comércio ilegal de artefatos culturais. A entrega da estátua respeitará a convenção da UNESCO de 1970, que proíbe a importação, exportação e venda de bens culturais traficados. O curador de coleções egípcias e nubianas do Museu Nacional de Antiguidades da Holanda, Daniel Soliman, destacou a importância da peça, ressaltando seu estilo e o acesso que o oficial tinha a materiais e artistas da época.
A devolução deste item histórico não apenas reforça a luta contra o tráfico de patrimônio cultural, mas também simboliza um passo importante na preservação da identidade e história do Egito.