- A guerra civil no Sudão, já em segundo ano, se intensificou com a tomada de El Fasher, em Darfur, pelas Forças de Apoio Rápido (RSF); o conflito com as Forças Armadas Sudanesas (SAF) já deixou mais de 150 mil mortes e 14 milhões de deslocados.
- Vídeos mostram civis sendo baleados, inclusive em uma maternidade; o secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu a crise como espiralando fora de controle e pediu cessar-fogo imediato, destacando que centenas de milhares de civis estão em condições devastadoras.
- A comunidade internacional pressiona por cessar-fogo proposto por Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, que prevê pausa humanitária de três meses seguida de cessar-fogo permanente; as SAF discutem condicioná-lo à retirada das RSF das cidades sudanesas.
- O Tribunal Penal Internacional está reunindo evidências de massacres e crimes de guerra na região; especialistas e defensores dos direitos humanos pedem que os EUA classifiquem as RSF como organização terrorista.
- A urgência é clara: há apelos por negociações imediatas para pôr fim à violência e ao sofrimento causado pelo conflito.
A guerra civil no Sudão, que já dura dois anos, se intensificou com a recente tomada de El Fasher, em Darfur, pelas Forças de Apoio Rápido (RSF). O conflito entre as RSF e as Forças Armadas Sudanesas (SAF) resultou em mais de 150 mil mortes e 14 milhões de deslocados. A situação humanitária é considerada uma das mais graves do século XXI.
Após um cerco de quase 18 meses, a captura de El Fasher levou a um aumento alarmante na violência. Vídeos divulgados mostram civis sendo baleados, inclusive em uma maternidade. O secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu a crise como “espiralando fora de controle” e pediu um cessar-fogo imediato, ressaltando que centenas de milhares de civis estão presos em condições devastadoras.
Pressão Internacional
A comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, está pressionando por um cessar-fogo proposto por Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Este plano sugere uma pausa humanitária de três meses, seguida de um cessar-fogo permanente. As SAF, no entanto, discutem a possibilidade de condicionar qualquer trégua à retirada das RSF das cidades sudanesas.
Enquanto isso, a situação em El Fasher se deteriora rapidamente. O Tribunal Penal Internacional (ICC) está coletando evidências de massacres e crimes de guerra na região. Especialistas e defensores dos direitos humanos pedem que os EUA classifiquem as RSF como uma organização terrorista, citando a ameaça crescente de crimes contra civis em várias partes do Sudão.
A urgência da situação é evidente, com Guterres enfatizando a necessidade de negociações imediatas para acabar com a violência. As chamadas para ação se intensificam à medida que a comunidade internacional busca soluções para um conflito que já causou imenso sofrimento e deslocamento.
