- Após encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Donald Trump, as negociações sobre a tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, em vigor desde agosto, não avançaram; uma nova rodada de reuniões foi agendada, mas a reunião em Washington foi adiada.
- Os dois líderes se encontraram na cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático em outubro; Lula afirmou estar convencido de que, em poucos dias, haverá uma solução, mas as delegações técnicas em Kuala Lumpur não chegaram a acordo.
- O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e o representante comercial da Casa Branca, Jamieson Greer, participaram das discussões; a ausência do secretário de Estado Marco Rubio foi considerada um obstáculo; o chanceler brasileiro Mauro Vieira pediu a retirada temporária das tarifas, com foco em carne e café.
- Ainda não ficou claro o que os EUA querem em troca das concessões brasileiras; a presidente da Câmara de Comércio Exterior da Federação das Indústrias de Santa Catarina, Maria Teresa Bustamante, destacou que o Brasil pode não ser prioridade, com questões como segurança de big techs e acesso a minerais raros em jogo.
- O setor produtivo brasileiro permanece cauteloso; Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, disse que a relação entre Lula e Trump não basta para um acordo; as isenções para café e carne ainda não estão garantidas, e as negociações podem levar semanas ou meses, dependentes da pressão brasileira junto aos EUA.
Após o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, as negociações sobre a tarifa de 50% imposta sobre as exportações brasileiras, em vigor desde agosto, não avançaram. Apesar de promessas de solução e conversas técnicas, as expectativas permanecem incertas. Uma nova rodada de reuniões foi agendada, mas a reunião em Washington foi adiada, sem uma nova data definida.
Os dois líderes, que se encontraram durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático, em outubro, expressaram otimismo em relação à resolução do impasse. Lula afirmou que estava “convencido de que em poucos dias teremos uma solução”. No entanto, as delegações técnicas, que se reuniram em Kuala Lumpur, não conseguiram chegar a um acordo concreto.
Avanços e Desafios
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o representante comercial da Casa Branca, Jamieson Greer, participaram das discussões, mas a ausência do secretário de Estado Marco Rubio, considerado um obstáculo nas negociações, gerou preocupações. O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, reiterou o pedido de retirada temporária das tarifas, focando principalmente em produtos como carne e café, que têm pressionado o mercado americano.
Embora haja uma abertura para novas reuniões, a falta de clareza sobre o que os EUA realmente desejam em troca das concessões brasileiras gera incertezas. A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Federação das Indústrias de Santa Catarina, Maria Teresa Bustamante, destacou que não há garantias de que o Brasil será priorizado nas negociações, que também envolvem questões complexas como a segurança das big techs e o acesso a minerais raros.
Expectativas do Setor Produtivo
O setor produtivo brasileiro se mostra cauteloso. Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, alertou que a “química” entre os presidentes não é suficiente para garantir um acordo. A percepção é de que as expectativas devem ser reduzidas, uma vez que as isenções para produtos como café e carne ainda não estão garantidas.
A atual agenda da Casa Branca prioriza redefinir relações com a China e lidar com disputas tecnológicas, o que coloca o Brasil em uma posição secundária. As negociações podem levar semanas ou meses, e o sucesso depende do esforço contínuo dos empresários brasileiros em pressionar suas contrapartes americanas. A situação permanece indefinida, com o tempo de resposta sendo controlado por Trump e suas prioridades comerciais.