- Juan Carlos publicou o livro Reconciliation, lançado no 50º aniversário da morte de Franco, que traz relatos sobre sua vida após a abdicação em 2014.
- O ex‑rei, que vive em Abu Dhabi desde 2020, afirma sentir-se abandonado pelo filho Felipe VI e pela família, e aponta falta de apoio do país.
- O livro destaca a relação com Franco, recorda a morte do irmão e mostra o desejo de manter a unidade do país, mesmo após a democracia instaurada em 1981.
- Entre controvérsias, ele admite escândalos de adultério, acusações de fraude fiscal e reconhece o impacto de sua relação extraconjugal com Corinna zu Sayn-Wittgenstein, além da viagem de caça de luxo a Botswana em meio à crise de 2012.
- O texto cita um presente de 65 milhões de euros recebido do falecido rei Abdullah da Arábia Saudita, e afirma que o ex‑monarca não recebe pensão após quase quatro décadas de serviço.
Juan Carlos, ex-rei da Espanha, publicou o livro *Reconciliation*, que aborda sua vida após a abdicação em 2014. O ex-monarca, que vive em Abu Dhabi desde 2020, revela suas frustrações em relação à família e ao país, sentindo-se abandonado, especialmente por seu filho, o atual rei Felipe VI. O livro, lançado em meio ao 50º aniversário da morte de Franco, destaca a relação do ex-rei com o ditador e suas memórias pessoais, incluindo a trágica morte de seu irmão.
No relato, Juan Carlos expressa seu descontentamento ao afirmar que nunca conseguiu desfrutar da liberdade que proporcionou ao povo espanhol ao instaurar a democracia após o golpe de 1981. Ele menciona que, apesar de seu papel na transição democrática, se sente isolado e sem apoio familiar. O ex-rei recorda momentos marcantes, como seu encontro com Franco em seu leito de morte, onde o ditador pediu a ele que mantivesse a unidade do país.
Revelações e Controvérsias
O ex-monarca não hesita em abordar suas controvérsias, incluindo escândalos de adultério e alegações de fraude fiscal. Ele admite que sua relação extraconjugal com a socialite Corinna zu Sayn-Wittgenstein prejudicou sua imagem e contribuiu para sua queda. Além disso, Juan Carlos lamenta o impacto de uma viagem de caça de luxo à Botswana durante a crise financeira de 2012, que gerou indignação pública.
O livro também menciona um presente de 65 milhões de euros recebido do falecido rei Abdullah da Arábia Saudita, que ele considera um “grave erro”. Apesar de seu passado como figura central na monarquia espanhola, ele revela que não recebe pensão após quase quatro décadas de serviço, uma declaração que pode não agradar a muitos espanhóis, especialmente em tempos de dificuldades econômicas.