- A Nigéria vive escalada de violência que causa dezenas de milhares de mortes e milhões de deslocados, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusando o governo de genocídio contra cristãos; as autoridades negam ataque sistemático a uma religião.
- Entre maio de dois mil e vinte e três e maio de dois mil e vinte e cinco, mais de dez mil pessoas foram assassinadas em conflitos intercomunitários e ações de grupos armados, conforme dados da Anistia Internacional.
- A violência ocorre em meio a tensões entre muçulmanos e cristãos, em áreas como Centro e Norte, com bandidos sequestros, extorsões e conflitos entre pastores e agricultores agravados pela mudança climática. A cidade de cerca de duzentos e vinte milhões de habitantes é o epicentro da disputa.
- Recentemente, ataques em Plateau e Katsina deixaram cento e treze mortos em Bokkos e Bassa, e cinquenta muçulmanos mortos em Malumfashi, evidenciando o ciclo de violência intercomunitária.
- O ministro da Informação, Idris Muhammed, disse que não há intenção de atacar uma religião específica e ressaltou cooperação dos Estados Unidos no combate ao terrorismo; há previsão de encontro entre o presidente Bola Tinubu e Trump para tratar do tema, enquanto a Anistia Internacional critica a inação do governo.
A Nigéria enfrenta uma intensa escalada de violência que resulta em dezenas de milhares de mortes e milhões de deslocados. Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o governo nigeriano de genocídio contra cristãos, o que foi prontamente negado pelas autoridades locais. Segundo o governo, não há ataque sistemático a uma religião específica.
Entre maio de 2023 e maio de 2025, mais de 10 mil pessoas foram assassinadas em conflitos intercomunitários e ações de grupos armados, conforme dados da Anistia Internacional. Os ataques afetam tanto cristãos quanto muçulmanos, evidenciando a complexidade da violência que permeia o país.
Contexto da Violência
A Nigéria, com uma população de cerca de 220 milhões de habitantes, é marcada por tensões entre muçulmanos e cristãos, especialmente nas regiões Centro e Norte. Grupos armados, conhecidos como “bandidos”, realizam sequestros e extorsões, enquanto conflitos entre pastores e agricultores se intensificam devido à escassez de recursos, agravada pelo mudança climática.
A violência se manifestou recentemente em Plateau e Katsina, onde ataques resultaram na morte de 113 pessoas em Bokkos e Bassa, e em Malumfashi, onde 50 muçulmanos foram mortos em uma mesquita. Essas ações demonstram um ciclo de violência intercomunitária que persiste no país.
Resposta do Governo
O ministro de Informação, Idris Muhammed, afirmou que não há intenção de atacar uma religião específica. Ele destacou a colaboração dos Estados Unidos no combate ao terrorismo e mencionou um encontro previsto entre o presidente nigeriano, Bola Tinubu, e Trump para discutir as preocupações levantadas.
A Anistia Internacional criticou a inação do governo, apontando que a falta de responsabilização dos responsáveis por esses ataques alimenta um ciclo de impunidade. A organização relatou que, desde a chegada de Tinubu ao poder em 2023, a situação da segurança no país tem se deteriorado, com um aumento na violência e na insegurança para a população.