- RSF concordou com um cessar-fogo humanitário de três meses, mediado por Estados Unidos, Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, após acusações de massacre em El Fasher.
- Surgem imagens de fossas comuns e relatos de abusos; a Organização Mundial da Saúde aponta cem tragédias dentro de hospitais, com médicos e enfermeiros sequestrados.
- Relatos da Yale Humanitarian Research Lab indicam que o RSF pode estar enterrando corpos em valas comuns; a ONG Avaaz estima dezenas de milhares de civis mortos. O Tribunal Penal Internacional (TPI) coleta provas de homicídios em massa e violência sexual.
- Os Emirados Árabes Unidos enfrentam escrutínio por possível intervenção, enquanto o governo militar diz que as hostilidades continuam mesmo com a proposta de cessar-fogo.
- O cenário humanitário é grave e organismos internacionais monitoram o desfecho, buscando proteger civis e responsabilizar os culpados por crimes de guerra.
Um grupo paramilitar sudanês, as Forças de Apoio Rápido (RSF), concordou com um cessar-fogo humanitário de três meses após ser acusado de massacrar milhares de civis em El Fasher. O acordo foi mediado por EUA, Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita e surge em meio a novas evidências de crimes de guerra, incluindo imagens de fossas comuns.
A decisão do RSF ocorre em um contexto de crescente pressão internacional e denúncias de atrocidades. Relatos de testemunhas indicam que os combatentes da RSF têm realizado ataques sistemáticos contra civis, incluindo assassinatos e agressões sexuais. Segundo a Organização Mundial da Saúde, pelo menos 460 pessoas foram mortas em um hospital local, com médicos e enfermeiros sendo sequestrados.
Acusações e Evidências
A situação em El Fasher continua crítica, com um relatório da Yale Humanitarian Research Lab apontando que o RSF está se livrando de corpos em valas comuns. A extensão das mortes é incerta, mas a organização Avaaz estima que tens de milhares de civis tenham sido mortos. O Tribunal Penal Internacional está coletando provas sobre os supostos crimes, incluindo homicídios em massa e violências sexuais.
Embora o cessar-fogo tenha sido aceito, a continuidade do conflito entre o RSF e o exército sudanês permanece. O governo militar indicou que as hostilidades continuarão, mesmo após discussões sobre uma proposta de cessar-fogo dos EUA. O papel dos Emirados Árabes Unidos como apoiador do RSF é alvo de escrutínio, com alegações de fornecimento de armas e mercenários.
Futuro Incerto
A aceitação do cessar-fogo pelo RSF pode ser vista como uma tentativa de desviar a atenção das acusações em El Fasher. O cenário humanitário é alarmante, e esforços para promover um diálogo de paz duradouro entre o RSF e o exército estão sendo realizados na Arábia Saudita. A situação continua a ser monitorada de perto por organismos internacionais, que buscam garantir a proteção dos civis e a responsabilização dos culpados por crimes de guerra.