- A Ucrânia enfrenta ameaça constante da Rússia, alerta Anders Fogh Rasmussen, ex-secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), que prevê risco de uma “guerra eterna” sem maior pressão europeia.
- Propostas incluem um escudo aéreo na Europa e a presença de tropas europeias em território ucraniano, além de uma força de proteção europeia para a Ucrânia.
- Rasmussen defende que países vizinhos hospedem sistemas de defesa, como a Polônia, tornando ataque à Ucrânia uma agressão à aliança como um todo, com foco em proteger contra mísseis e drones russos.
- Também propõe usar ativos russos congelados para financiar armas e reconstrução, sugerindo 150 bilhões de euros para empréstimo destinado à compra de armamentos.
- Em turnê pela Europa, ele se reuniu com o conselheiro de segurança nacional do Reino Unido, Jonathan Powell, para discutir garantias de segurança à Ucrânia e facilitar eventual acordo de paz com concessões territoriais.
A Ucrânia enfrenta uma ameaça constante da Rússia, conforme alerta Anders Fogh Rasmussen, ex-secretário-geral da NATO. Em entrevista, ele destacou que, sem um aumento significativo da pressão europeia sobre Moscou, o país pode entrar em uma “guerra eterna”. A situação exige medidas drásticas, como o estabelecimento de um escudo aéreo na Europa e a presença de tropas europeias em território ucraniano.
Rasmussen, que foi primeiro-ministro da Dinamarca e liderou a NATO de 2009 a 2014, enfatizou a necessidade de uma defesa robusta para proteger a Ucrânia de ataques russos. Ele propôs que países vizinhos, como a Polônia, hospedem sistemas de defesa aérea, tornando claro que um ataque à Ucrânia seria considerado uma agressão à aliança como um todo. “Precisamos ajudar os ucranianos a se protegerem contra mísseis e drones russos”, afirmou.
Medidas Propostas
Além do escudo aéreo, Rasmussen sugeriu a formação de uma força de proteção europeia para a Ucrânia, mesmo antes de um acordo de cessar-fogo. Ele criticou a falta de ação efetiva, afirmando que a coalizão de países dispostos a ajudar foi reduzida a uma “coalizão de espera”. Para ele, a mudança de estratégia é essencial, pois a atual postura de Putin não incentiva negociações de paz.
O ex-líder da NATO também defendeu a utilização de ativos russos congelados para financiar armas e a reconstrução da Ucrânia. Ele propôs o uso de 150 bilhões de euros em ativos congelados para garantir um empréstimo destinado à compra de armamentos, argumentando que isso poderia facilitar a pressão sobre o Kremlin para iniciar diálogos de paz.
Impacto nas Relações Internacionais
Rasmussen está em uma turnê por capitais europeias, buscando apoio para suas propostas. Ele se encontrou com o conselheiro de segurança nacional do Reino Unido, Jonathan Powell, para discutir garantias de segurança para a Ucrânia, similar às que foram oferecidas ao Qatar. O ex-secretário-geral acredita que tais garantias poderiam ajudar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, a justificar um eventual acordo de paz que envolvesse concessões territoriais.
O cenário atual exige uma resposta unificada da Europa para evitar uma escalada do conflito e garantir a segurança da Ucrânia. A falta de ação pode resultar em uma prolongada e desgastante guerra, com consequências imprevisíveis para a estabilidade da região.