- Nadine Heredia Alarcón pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que impeça prisão, extradição ou cooperação judicial com o Peru, direcionando o pedido ao ministro Dias Toffoli.
- O requerimento se apoia na extensão de decisões que anulam provas da Odebrecht, consideradas ilícitas, como o sistema Drousys/My Web Day.
- Ela recebeu asilo diplomático no Brasil em abril e foi condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro, junto ao ex-presidente Ollanta Humala.
- A defesa afirma que a ação penal peruana depende de colaborações premiadas de ex-executivos da Odebrecht e de documentos já considerados ilegais pelo STF, o que tornaria a cooperação uma continuidade de um processo com provas ilícitas.
- O destino da ex-primeira-dama depende da decisão do STF sobre o refúgio e a validade das provas; a reportagem destaca o possível impacto político e institucional nas relações entre Brasil e Peru.
A ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia Alarcón, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil que impeça sua prisão, extradição ou qualquer forma de cooperação judicial com o Peru. O pedido foi direcionado ao ministro Dias Toffoli e se baseia na extensão de decisões que anularam provas da Odebrecht, consideradas ilícitas.
Heredia, que recebeu asilo diplomático no Brasil em abril, foi condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro, junto ao ex-marido, o ex-presidente Ollanta Humala. No pedido, a defesa argumenta que a ação penal em curso no Peru depende de colaborações premiadas de ex-executivos da Odebrecht, além de documentos que já foram considerados ilegais pelo STF.
Os advogados de Heredia afirmam que permitir a cooperação judicial resultaria na continuidade de um processo penal fundamentado em provas ilícitas. Eles destacam que qualquer ordem de prisão violaria a presunção de inocência e a dignidade humana da ex-primeira-dama.
Contexto das Investigações
As investigações que envolvem Heredia e Humala têm relação direta com o escândalo da Odebrecht, que abrangeu diversos países da América Latina. As provas que sustentam a condenação foram coletadas por meio de sistemas de informação que, segundo a defesa, não são válidas.
O futuro da ex-primeira-dama agora depende da decisão do STF sobre o pedido de refúgio e a validade das provas que a incriminam. A situação continua a ser monitorada de perto, dado o impacto político e judicial que pode ter na relação entre Brasil e Peru.