- Viktor Orbán irá à Casa Branca na próxima sexta-feira para tentar intermediar um encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin, com o objetivo de discutir uma possível isenção de sanções dos EUA sobre petróleo e gás russos, e Budapest pode sediar a reunião.
- A viagem ocorre em um contexto eleitoral na Hungria, em que Orbán enfrenta desafios internos, e é vista como forma de fortalecer sua posição política, com a possibilidade de Trump visitar Budapest sendo destacado como impulso à imagem do premiê.
- Além da isenção, a reunião pode ajudar a definir um roteiro para um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia; Gergely Gulyás, chefe de gabinete, afirmou que o encontro seria uma oportunidade para delinear caminhos entre os dois lados, com as sanções energéticas como tema central.
- Internacionalmente, Orbán é criticado pela aproximação com a Rússia; os EUA pressionam países europeus a reduzir dependência de Moscou, enquanto críticos veem o líder húngaro como um possível “cavalo de Troia” da Rússia na União Europeia.
- A reunião é vista por analistas como um teste à política externa dos EUA em relação à Rússia após novas sanções, e a visita pode influenciar a política interna húngara e a dinâmica internacional.
Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, irá à Casa Branca na próxima sexta-feira para tentar intermediar um encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin. O objetivo é discutir uma possível isenção de sanções dos EUA sobre o petróleo e gás russos, enquanto Budapest se apresenta como uma potencial sede para a reunião. Essa visita ocorre em um contexto eleitoral na Hungria, onde Orbán enfrenta desafios internos.
A proposta de Orbán visa não apenas facilitar um diálogo entre os líderes, mas também reforçar sua posição política em casa, especialmente com as eleições parlamentares se aproximando em abril. Fontes próximas ao governo húngaro afirmam que a visita de Trump a Budapest seria um grande impulso para Orbán, consolidando sua imagem como um estadista no cenário internacional.
Além de buscar a isenção das sanções, Orbán espera que a reunião ajude a resolver a guerra na Ucrânia. Gergely Gulyás, chefe de gabinete de Orbán, destacou que o encontro é uma oportunidade para ambos os líderes definirem um “roteiro” que possa levar a um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. A expectativa é que a questão das sanções energéticas seja um tema central nas discussões.
Contexto Internacional
Orbán tem sido criticado por sua aproximação com a Rússia e sua relação com Trump, que tem elogiado a Hungria como um modelo de governo conservador. Críticos o acusam de ser um “cavalo de Tróia” da Rússia na União Europeia. Enquanto isso, a administração Biden tem pressionado países europeus a reduzirem suas dependências energéticas de Moscou, uma demanda que muitos líderes europeus consideram impraticável.
A reunião entre Orbán e Trump pode ser um teste para a política externa dos EUA em relação à Rússia, especialmente após a imposição de novas sanções. Observadores afirmam que se a questão das sanções não for abordada, isso poderá indicar uma falta de seriedade da administração em relação à pressão sobre Moscou. A visita de Orbán à Casa Branca está sendo acompanhada de perto, visto que pode influenciar tanto a política interna húngara quanto a dinâmica das relações internacionais.