- O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos retirou Ahmad al-Sharaa e Anas Khattab da lista de sanções, que incluíam restrições de viagem e congelamento de bens, em meio à visita de Al-Sharaa a Washington, marcada para segunda-feira.
- O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aprovou o levantamento das sanções, a pedido da diplomacia norte‑americana, que argumenta que a Síria vive uma nova fase e que Al-Sharaa busca estabilidade.
- Reino Unido e União Europeia já começaram a aliviar restrições, acompanhando a tendência internacional de reavaliação sobre a Síria.
- Al-Sharaa, que já liderou Hayat Tahrir al-Sham (HTS), foi associado a grupos como Al-Qaeda e Estado Islâmico, mas passou a buscar normalizar relações internacionais e promover reconciliação desde que assumiu a presidência de transição.
- O ministro da Defesa, Murhaf Abu Qasra, anunciou a reintegração de antigos militares desertores de 2011 e a readmissão de diplomatas que também desertaram, como parte de esforços para restaurar a estabilidade e fortalecer as Forças Armadas Sírias.
Os Estados Unidos retiraram as sanções impostas ao presidente de transição da Síria, Ahmad al-Sharaa, e ao ministro do Interior, Anas Khattab. A decisão foi anunciada pelo Departamento do Tesouro e ocorre a poucos dias da visita de Al-Sharaa a Washington, marcada para segunda-feira. As sanções, que incluíam restrições de viagem e congelamento de bens, eram parte de um esforço internacional contra indivíduos associados ao regime de Bashar al-Assad e ao grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS).
O Conselho de Segurança da ONU aprovou o levantamento das sanções na quinta-feira, a pedido da diplomacia norte-americana. Os EUA argumentaram que a Síria está em uma nova fase e que Al-Sharaa está comprometido com a estabilidade do país. Reino Unido e União Europeia também já começaram a aliviar as restrições, seguindo a tendência global de reavaliação das políticas em relação à Síria.
Mudanças na Liderança Síria
Al-Sharaa, que anteriormente liderou a HTS, foi associado a grupos terroristas, incluindo a Al-Qaeda e o Estado Islâmico. Contudo, ele se distanciou dessas organizações, buscando normalizar as relações internacionais da Síria. Desde que assumiu a presidência de transição, tem promovido um discurso de reconciliação, apesar de enfrentar desafios significativos, como a insegurança sectária.
Além disso, o ministro da Defesa, Murhaf Abu Qasra, anunciou a reintegração de antigos militares que desertaram durante os protestos de 2011. O objetivo é restaurar a estabilidade e fortalecer as forças armadas sírias. A estratégia inclui a readmissão de diplomatas que também desertaram do regime anterior, conforme discutido em reunião recente com 12 deles.
A visita de Al-Sharaa aos Estados Unidos é um passo importante na busca por apoio internacional e na tentativa de reconstruir a imagem da Síria após anos de conflito.