- Ministério Público de Istambul anunciou a emissão de mandados de detenção para 37 suspeitos de genocídio e crimes contra a humanidade ligados ao conflito em Gaza.
- Entre os alvos estão o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Israel Katz, o ministro da Segurança Nacional Itamar Ben-Gvir e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Eyal Zamir.
- Os mandados respondem a alegações de crimes sistemáticos em Gaza, com destaque para o bombardeio do Hospital da Amizade Turco-Palestiniana em março.
- Desde o início do cessar-fogo em 10 de outubro, os combates entre Israel e o Hamas persistem; a Turquia tem criticado a guerra e o plano de paz promovido por Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia.
- O presidente turco Recep Tayyip Erdogan reiterou críticas ao plano de paz, dizendo que ele não atende às necessidades do povo palestino e ignora violações de direitos humanos.
O Ministério Público de Istambul anunciou, nesta sexta-feira, a emissão de mandados de detenção para 37 suspeitos de genocídio e crimes contra a humanidade relacionados ao conflito em Gaza. Entre os alvos estão o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, os ministros da Defesa, Israel Katz, e da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, além do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Eyal Zamir.
Os mandados foram emitidos em resposta a alegações de que o Estado de Israel cometeu crimes sistemáticos em Gaza. O Ministério Público turco destacou o bombardeio do Hospital da Amizade Turco-Palestiniana, que ocorreu em março, como um exemplo das ações israelenses, que foram justificadas sob a alegação de que o local servia como base do Hamas.
Desde o início do cessar-fogo em 10 de outubro, os combates entre Israel e o Hamas persistem, mesmo com a trégua mediada por Egito, Catar, Estados Unidos e Turquia. A Turquia, sob a liderança de Recep Tayyip Erdogan, tem sido uma das vozes mais críticas contra a guerra, que começou após um ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.
Críticas ao Plano de Paz
A Turquia já havia manifestado apoio a um processo de genocídio contra o governo israelense, que foi apresentado pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça. O país também criticou o plano de paz promovido por Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia, que, segundo Erdogan, não atende às necessidades do povo palestino e ignora as violações de direitos humanos.
Esses eventos refletem a crescente tensão no cenário internacional e as complexas relações entre os países envolvidos no conflito, com a Turquia assumindo um papel de destaque nas críticas às ações israelenses.