- A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, destaca a importância da participação indígena na COP30, que será realizada em Belém a partir de segunda-feira, afirmando que sem as vozes dos povos não há futuro para a humanidade; o cargo foi criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- Ela prevê que a COP30 será a melhor em termos de participação indígena, mas aponta resistência institucional e um projeto de lei que restringe o reconhecimento de terras; o texto, aprovado por um parlamento de maioria conservadora, impede a homologação de novas reservas.
- Guajajara cita dados do país: 1,7 milhão de indígenas de 391 etnias falam 295 línguas; critica racismo e destaca o papel dos povos originários na preservação ambiental, na garantia de água potável, biodiversidade e alimentos saudáveis.
- Ela relembra a participação na COP15, em 2009, quando a presença indígena era quase inexistente; desde então houve avanços, mas a liderança indígena ainda é limitada, e os povos tradicionais são os primeiros a sofrer com inundações e secas.
- Sobre as expectativas para a COP30, Guajajara afirma que a conferência pode ampliar a compreensão do papel dos povos indígenas no equilíbrio climático, essencial para a sobrevivência da humanidade.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, destaca a importância da participação indígena na COP30, que ocorrerá em Belém, a partir de segunda-feira. Ela afirma que, sem as vozes dos povos indígenas, não há futuro para a humanidade. Guajajara, da etnia Guajajara-Tenetehara, é a primeira a ocupar o cargo, criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu terceiro mandato.
A ministra prevê que a COP30 será “a melhor em termos de participação indígena”, mas alerta sobre a resistência institucional e um projeto de lei que limita o reconhecimento de terras indígenas. Este projeto, aprovado por um parlamento de maioria conservadora, impede a homologação de novas reservas, o que é uma preocupação para os povos autóctones.
Desafios e Oportunidades
Guajajara menciona que o Brasil abriga 1,7 milhões de indígenas de 391 etnias, que falam 295 línguas. Ela critica o racismo e a falta de compreensão sobre o papel crucial dos indígenas na preservação ambiental. A ministra afirma que a presença indígena é vital para garantir água potável, biodiversidade e alimentos saudáveis.
Além disso, Guajajara recorda sua primeira participação na COP15, em 2009, onde a representação indígena era quase inexistente. Desde então, houve avanços, mas a liderança indígena ainda é limitada. A ministra ressalta que os indígenas, como guardiões da floresta, são os primeiros a sofrer os impactos das mudanças climáticas, como inundações e secas.
Expectativas para a COP30
A COP30 reunirá delegações de todo o mundo para discutir a redução das emissões de gases de efeito estufa e as estratégias de adaptação às mudanças climáticas. Sonia Guajajara acredita que a conferência pode promover uma melhor compreensão do papel dos povos indígenas no equilíbrio climático, essencial para a sobrevivência da humanidade.