- Em 2025 Cabinda vive o ano mais mortífero desde 2016, mesmo após um cessar-fogo unilateral de três meses em 2024, que terminou prematuramente.
- A Frente de Libertação do Estado de Cabinda – Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC) acusa o Exército angolano de não parar ataques, aumentando a percepção de beligerância e fissuras entre Cabinda e Luanda.
- Desde a declaração de independência em agosto de 1975, Cabinda enfrenta conflitos; o governo de Luanda vende a narrativa de pacificação, enquanto a população local percebe violência contínua.
- Os dados de 2025 indicam escalada do conflito: mais mortes e combate constante, com cabindas se sentindo cada vez mais distantes das promessas de paz feitas por Luanda.
- O caso ressalta a complexidade da política angolana, mantendo viva a luta por autodeterminação após meio século de independência.
A luta por autodeterminação em Cabinda continua intensa, com o ano de 2025 se configurando como o mais mortífero desde 2016. Apesar de um cessar-fogo unilateral de três meses declarado pela Frente de Libertação do Estado de Cabinda – Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC), os conflitos persistem. O cessar-fogo, que começou em abril e terminou em maio, foi interrompido devido a ataques contínuos do Exército angolano, segundo a guerrilha.
Desde a declaração de independência em agosto de 1975, Cabinda tem enfrentado um histórico de conflitos armados. A narrativa de pacificação promovida pelo governo de Luanda contrasta com a realidade vivida no território, onde a percepção de beligerância se intensifica. A FLEC-FAC afirma que os ataques do Exército angolano são uma evidência das fissuras entre Cabinda e Luanda, desafiando a ideia de uma unidade nacional.
Contexto Atual
O cenário em Cabinda é marcado por um descontentamento crescente entre a população local. A luta pela autodeterminação se mantém viva, refletindo a insatisfação com a situação política e social. O governo angolano, que insiste na pacificação da região, enfrenta críticas por não conseguir conter a violência e a instabilidade.
Os dados sobre a escalada do conflito em 2025 são alarmantes. O aumento de mortes e a continuidade dos combates indicam que a situação em Cabinda se agrava. Os cabindas, que lutam por sua identidade e direitos, sentem-se cada vez mais distantes das promessas de paz feitas por Luanda.
A situação em Cabinda é um lembrete da complexidade dos conflitos em Angola, onde a luta por autonomia e reconhecimento continua a moldar a dinâmica política. O futuro da região permanece incerto, à medida que os cabindas insistem em sua busca por autodeterminação, mesmo após meio século de independência de Angola.