- Na Índia, elefantes em cativeiro são usados principalmente para atividades turísticas e eventos religiosos, com entre dois mil e setecentos e três mil e quinhentos animais no país.
- Em Kerala, nove pessoas morreram em ataques de elefantes mantidos em condições inadequadas, em dois mil e vinte e quatro.
- Nos últimos quinze anos, mais de quinhentas pessoas perderam a vida em ataques de elefantes na região.
- Legislações de dois mil e vinte e dois e dois mil e vinte e três facilitaram a transferência de elefantes entre estados, o que ativistas dizem diluir conservação e ampliar exploração.
- A PETA Índia propõe o uso de elefantes robôs em eventos religiosos para reduzir crueldade e riscos; cuidadores, chamados mahouts, dependem da renda, com sessenta e cinco elefantes na região da aldeia dos elefantes de Jaipur, ligando quinze mil pessoas a essa atividade.
Na Índia, os elefantes, considerados sagrados, enfrentam uma realidade alarmante em cativeiro. Recentemente, em Kerala, nove pessoas morreram em ataques de elefantes mantidos em condições inadequadas. O aumento do turismo e mudanças nas leis após a pandemia têm gerado debates sobre o bem-estar animal.
Estima-se que entre 2.700 e 3.500 elefantes vivem em cativeiro no país, com a maioria sendo utilizada para atividades turísticas. Apesar das intenções de proteção, muitos desses animais são explorados em passeios, procissões e eventos. Dados indicam que, nos últimos 15 anos, mais de 500 pessoas perderam a vida devido a ataques de elefantes. Para a ativista da PETA Índia, Kushboo Gupta, esses ataques são reflexo da frustração dos animais, que são forçados a trabalhar em ambientes estressantes.
Mudanças Legais e Propostas
As legislações de 2022 e 2023 facilitaram a transferência de elefantes entre estados, mas ativistas afirmam que isso dilui a linha entre conservação e exploração. A PETA propõe a utilização de elefantes robôs como uma alternativa para eventos religiosos, visando reduzir a crueldade e os riscos de ataques. A ideia é substituir os elefantes vivos por réplicas, promovendo uma abordagem mais ética.
Os cuidadores, conhecidos como mahouts, dependem economicamente dos elefantes, mas enfrentam desafios com a diminuição dos preços dos passeios. Ballu Khan, presidente do Comitê de Desenvolvimento da Aldeia dos Elefantes de Jaipur, destacou que 15 mil pessoas dependem da renda gerada por apenas 65 elefantes na região. Essa situação complexa levanta questões sobre a viabilidade do turismo envolvendo esses animais e as condições em que vivem.
Conclusão da Realidade Atual
A vida dos elefantes em cativeiro na Índia é marcada por práticas que não garantem seu bem-estar. Ativistas e especialistas alertam que a exploração e as condições inadequadas são fatores que levam os elefantes a ataques. A discussão sobre um turismo mais responsável e ético se torna cada vez mais urgente, à medida que a sociedade busca alternativas que respeitem a vida desses animais.