- Lula chegou à Colômbia para a cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e da União Europeia, com discurso crítico à presença militar dos Estados Unidos na região, sem mencionar diretamente Trump ou Maduro.
- A viagem é bate-e-volta de menos de quatro horas, e houve envio de Gleisi Hoffmann às vítimas do tornado no Paraná, que deixou seis mortos e mil desabrigados.
- Em discurso, o presidente defendeu que a América Latina seja uma região de paz e disse que democracias não combatem o crime violando o direito internacional; a solução para a criminalidade não é uma mágica, e sim cooperação contra o crime organizado.
- Lula reconheceu que a cúpula parecia esvaziada por ausências de líderes importantes, como Ursula von der Leyen e Claudia Sheinbaum, e destacou a necessidade de discutir a presença militar dos Estados Unidos na região, que inclui um porta-aviões, em um ambiente de tensão.
- Após o discurso, o presidente retoma a Belém para seguir os preparativos da COP 30, marcada de 10 a 21 de novembro, com foco em mudanças climáticas; a ausência de visita às áreas atingidas pelo tornado gerou questionamentos sobre prioridades do governo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou à Colômbia neste domingo para participar da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia. O encontro visa discutir temas de interesse regional, mas Lula aproveitou a oportunidade para criticar a presença militar dos Estados Unidos na América Latina, sem mencionar diretamente o ex-presidente Donald Trump ou o ditador venezuelano Nicolás Maduro.
A viagem de Lula, um bate-e-volta de menos de quatro horas na Colômbia, ocorre em um momento em que o Brasil enfrenta as consequências de um tornado devastador no Paraná, que deixou seis mortos e cerca de mil desabrigados. Apesar da gravidade da situação, o presidente não visitou as vítimas, optando por enviar a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, em seu lugar.
Críticas à Intervenção Militar
Durante sua fala na cúpula, Lula enfatizou que a América Latina deve ser uma região de paz, condenando ações militares que possam ameaçar a soberania dos países. Ele afirmou que “democracias não combatem o crime violando o direito internacional” e que a solução para a criminalidade não é uma “mágica”, mas sim um esforço conjunto para combater o crime organizado.
Além disso, Lula reconheceu que a cúpula estava “esvaziada”, com a ausência de vários líderes importantes, como a presidenta da União Europeia, Ursula Von der Leyen, e o presidente do México, Claudia Sheinbaum. O presidente brasileiro destacou a necessidade de discutir a presença militar dos EUA na região, que inclui um porta-aviões, em um contexto de crescente tensão.
Retorno ao Brasil
Após seu breve discurso, Lula deve retornar a Belém para participar dos eventos que antecedem a COP 30, que acontece de 10 a 21 de novembro. O foco da conferência será a discussão sobre mudanças climáticas e suas implicações para a região. A ausência de Lula em visitas às áreas afetadas pelo tornado levanta questionamentos sobre as prioridades do governo em momentos de crise nacional.