- Mohammed Baraka, ex-funcionário da missão de assistência fronteiriça da União Europeia em Rafah, ingressou com ação judicial em Bruxelas contra a UE, alegando discriminação por nacionalidade e violação de leis belgas.
- Baraka trabalhou na EUBam desde a criação da missão em 2006 e foi evacuado para o Cairo quando houve o conflito, enquanto colegas na Cisjordânia permaneceram empregados.
- A demissão ocorreu após o fechamento do escritório em Rafah; a advogada Selma Benkhelifa afirma que, apesar de não contestar o fechamento, a transferência de outros funcionários levanta questões de discriminação.
- Baraka argumenta que estava sob contrato de um ano e que, segundo leis belgas, contratos temporários devem ser convertidos em permanentes após três renovações.
- A defesa da UE sustenta que renovar contratos contraria políticas públicas belgas e europeias de proteção aos trabalhadores; a Comissão Europeia ainda não comentou o caso.
Um ex-funcionário da missão de assistência fronteiriça da União Europeia (UE) em Rafah, Mohammed Baraka, está processando a instituição em Bruxelas. A ação judicial, apresentada após sua demissão, alega discriminação por nacionalidade e violação das leis belgas. Baraka, que trabalhou na EUBam desde sua criação em 2006, foi evacuado para o Cairo quando a guerra eclodiu, enquanto seus colegas na Cisjordânia continuaram empregados.
A demissão de Baraka ocorreu após o fechamento do escritório da UE em Rafah devido ao conflito. Em sua reclamação, a advogada Selma Benkhelifa ressalta que, embora Baraka não conteste a decisão de fechamento, a transferência de outros funcionários levanta questões sobre discriminação. Alega-se que ele foi mantido em um contrato de um ano, o que contraria as leis belgas que exigem a conversão de contratos temporários em permanentes após três renovações.
A defesa de Baraka argumenta que a prática da UE de renovar contratos é contrária à política pública belga e europeia, que visa proteger os direitos dos trabalhadores. O processo destaca a necessidade de reclassificação de seu contrato para permanente, em conformidade com a legislação vigente. Baraka expressou sua indignação, afirmando que, se soubesse que sua evacuação resultaria em demissão, não teria aceitado a oferta da UE.
A Comissão Europeia, até o momento, não fez comentários sobre o caso. A situação de Baraka reflete um dilema mais amplo sobre os direitos dos trabalhadores em contextos de crise e a responsabilidade das instituições internacionais.