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China retira dois aplicativos de namoro gays populares das lojas da Apple e do Android

Blued e Finka sumiram das lojas da Apple e de plataformas Android na China; seguem disponíveis nos sites oficiais. Apple afirma cumprir ordem da CAC, status é incerto

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Apple Store in Beijing. Apple said in a statement the removal came after an order from the Cyberspace Administration of China.
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  • Dois aplicativos de relacionamento gay, Blued e Finka, foram retirados das lojas da Apple e de várias plataformas Android na China; usuários que já tinham os apps ainda podem utilizá-los, e ambos seguem acessíveis pelos sites oficiais. A remoção foi confirmada na terça-feira, 11 de novembro de 2025.
  • A Apple disse que a retirada ocorreu em conformidade com uma ordem da Administração do Ciberespaço da China (CAC), e destacou que opera uma loja de apps separada no país, onde plataformas ocidentais permanecem bloqueadas.
  • Blued, fundado em 2012, conta com mais de quarenta milhões de usuários registrados e, além de ser um espaço de encontros, também oferece serviços de streaming.
  • Nos últimos anos, os direitos LGBT na China têm mostrado retrocesso, com o Shanghai Pride suspenso desde 2020 e censuras a conteúdos que retratam relacionamentos homossexuais.
  • Reações nas redes sociais questionam o impacto da medida para a visibilidade da comunidade; a CAC não se pronunciou oficialmente, mantendo incertezas sobre o futuro de plataformas que promovem inclusão.

Dois dos aplicativos de relacionamento gay mais populares da China, Blued e Finka, foram retirados das lojas da Apple e de várias plataformas Android no país. A remoção, confirmada na terça-feira, 11 de novembro de 2025, gera preocupações sobre o aumento da repressão aos direitos LGBT na China. Os usuários que já tinham os aplicativos instalados ainda conseguem utilizá-los, e ambos permanecem acessíveis por meio de seus sites oficiais.

A Apple declarou que a retirada dos aplicativos foi feita em conformidade com uma ordem da Administração do Ciberespaço da China (CAC). A empresa destacou que opera uma loja de aplicativos separada na China, onde várias plataformas ocidentais, como Facebook e Instagram, estão bloqueadas. Blued, fundado em 2012, conta com mais de 40 milhões de usuários registrados e, além de ser um espaço de encontros, também oferece serviços de streaming.

Contexto de Repressão

Nos últimos anos, os direitos LGBT na China enfrentaram um retrocesso significativo. Apesar da legalização da homossexualidade, a sociedade civil LGBT tem sido pressionada. Eventos como o Shanghai Pride, um dos maiores do país, foram suspensos desde 2020. Organizações da comunidade LGBT foram forçadas a fechar, e conteúdos que retratam relacionamentos homossexuais têm sido censurados, como a recente alteração de um filme que transformou um casal gay em heterossexual para sua exibição.

Um ativista que preferiu não se identificar expressou sua surpresa com a remoção dos aplicativos, afirmando que “o espaço de convivência para as minorias sexuais tem diminuído”. A preocupação é que essa ação represente uma tentativa de silenciar ainda mais a comunidade LGBT, que já enfrenta desafios significativos na busca por visibilidade e aceitação.

Reações e Implicações

A remoção dos aplicativos gerou reações imediatas nas redes sociais, com usuários ressaltando a importância do Blued para a comunidade LGBT, que ajudou muitos a se sentirem menos isolados. “Blued fez com que muitos percebessem que não estavam sozinhos; trouxe um grupo do marginalizado para ser visto,” comentou um usuário do WeChat.

A situação atual levanta questões sobre o futuro dos direitos LGBT na China e se a remoção dos aplicativos será uma mudança permanente. A CAC não se manifestou sobre o assunto, deixando incertezas sobre a continuidade do apoio a plataformas que promovem a inclusão e a diversidade.

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