- David Fritz Goeppinger, fotógrafo chileno-francês e sobrevivente do atentado ao Bataclan em Paris, passou mais de duas horas em um corredor com um terrorista e outras 11 pessoas; viveu PTSD, escreveu dois livros sobre a experiência e criou o grupo de sobreviventes “potages”.
- Com o décimo aniversário do ataque se aproximando, Paris se prepara para uma grande homenagem com a presença do presidente Emmanuel Macron e das vítimas; Fritz diz que a justiça ajudou a promover a cura.
- “Testemunhar ajudou a fechar algumas feridas”, afirma; ele prefere não retornar ao Bataclan e pretende tornar-se “vítima jubilada” após seu depoimento.
- Durante o ataque, 130 pessoas morreram, sendo 90 no Bataclan; o grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelas ações, em resposta à participação da França em ações militares no Oriente Médio.
- Fritz tinha 23 anos na época e buscou a nacionalidade francesa para se reconectar com a identidade; ele ressalta que a vida de uma vítima muda completamente e que “ser vítima não é uma profissão”.
David Fritz Goeppinger, fotógrafo chileno-francês, é um dos sobreviventes do atentado ao Bataclan, em Paris, ocorrido em 13 de novembro de 2015. Após passar mais de duas horas em um corredor com um terrorista e outras 11 pessoas, Fritz viveu as consequências do trauma e se tornou um defensor da saúde mental, escrevendo sobre suas experiências.
Com o décimo aniversário do ataque se aproximando, Paris se prepara para uma grande homenagem, onde o presidente Emmanuel Macron e as vítimas estarão presentes. Fritz acredita que a justiça desempenhou um papel importante em seu processo de cura. “Testemunhar ajudou a fechar algumas feridas”, afirma. No entanto, ele prefere não retornar ao Bataclan, desejando se tornar uma “vítima jubilada” após seu testemunho.
Durante o ataque, 130 pessoas perderam a vida, sendo 90 no Bataclan. O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelos atentados como uma resposta à participação da França em ações militares no Oriente Médio. Fritz, que tinha apenas 23 anos na época, sentiu a necessidade de obter a nacionalidade francesa como forma de se reconectar com sua identidade.
Fritz, que já escreveu dois livros sobre sua experiência e participou de uma série documental, reflete sobre a vida após o atentado. Ele destaca que a vida de uma vítima muda completamente, afetando aspectos sociais, profissionais e emocionais. “Ser vítima não é uma profissão”, diz ele, enfatizando a necessidade de superação e reconstrução após o trauma.