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Jovens africanos estão fartos de seus líderes

Geração Z lidera onda de protestos pela África, desafiando regimes há décadas; há mortos na Tanzânia e Madagascar vive exílio do governo

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Una multitud acompaña los restos mortales de Safidy Rakooarisoa, fallecido durante las protestas en Madagascar, el 13 de octubre en Antananarivo.
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  • Protestos juvenis estão em ascensão na África, com a Geração Z desafiando regimes e exigindo empregos, educação e serviços públicos, organizados em redes sociais.
  • Reeleições de Paul Biya, de Camarões; Alassane Ouattara, de Costa do Marfim; e Samia Suluhu Hassan, da Tanzânia, ocorrem em contextos de repressão, com opositores principais excluídos e protestos que se intensificam.
  • Madagascar viveu protestos que levaram o governo a se exilar; na Tanzânia, houve mortes resultantes da atuação policial durante as manifestações.
  • Mobilizações se espalham por Kenya, Senegal e Marrakesh, com participação expressiva da Geração Z e participação de mulheres na liderança de ações.
  • Especialistas destacam que jovens buscam reparação e justiça, não apenas democracia, citando promessas não cumpridas e ligações de líderes com interesses ocidentais.

Protestos juvenis estão em ascensão por toda a África, com a Geração Z desafiando líderes autoritários e exigindo mudanças urgentes. Recentes reeleições em países como Camarões, Costa do Marfim e Tanzânia têm gerado revolta, especialmente entre os jovens, que clamam por empregos, educação e serviços públicos.

O cenário atual é alarmante. Paul Biya, de 92 anos, no Camarões, Alassane Ouattara, de 83 anos, na Costa do Marfim, e Samia Suluhu Hassan, de 65 anos, na Tanzânia, foram reeleitos em um contexto de repressão. Os principais opositores foram excluídos das eleições, resultando em protestos violentos, especialmente na Tanzânia, onde centenas de pessoas perderam a vida devido à brutalidade policial.

Mobilizações e Reações

As manifestações se espalham por diversos países, incluindo Madagascar, onde o presidente Andry Rajoelina fugiu após um mês de protestos. Em Kenia e Senegal, a insatisfação popular se intensificou, levando a confrontos com a polícia e exigências por mudanças significativas. A Geração Z, composta majoritariamente por jovens, utiliza as redes sociais para organizar e mobilizar ações, desafiando a velha guarda política.

A antropóloga Abdourahmane Seck destaca que os jovens não buscam apenas democracia, mas sim reparação e justiça. Eles se sentem traídos por promessas não cumpridas e pela proximidade de seus líderes com interesses ocidentais. Essa frustração é palpável e reflete um desejo de mudança que vai além das estruturas políticas tradicionais.

O Papel das Mulheres

As mulheres têm desempenhado um papel crucial nas mobilizações, trazendo novas perspectivas e liderando iniciativas. Awa Agbessi, uma jovem de Togo, afirma que apesar da repressão, a determinação por mudança é forte. A Geração Z, que busca um futuro melhor, está apenas começando a se manifestar, desafiando normas estabelecidas e clamando por um novo rumo para seus países.

As revoltas recentes, como as que ocorreram em Malí e Madagascar, são exemplos do descontentamento generalizado. Os jovens estão prontos para enfrentar os desafios, mesmo diante de uma repressão violenta, e estão determinados a moldar um futuro que reflita suas aspirações e necessidades.

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