- Tensões entre os EUA e a Venezuela se intensificaram com o envio de navios de guerra, drones e tropas ao Caribe para pressionar Nicolás Maduro; o USS Gerald R. Ford aproxima-se da região, elevando o risco de conflito.
- O ex-embaixador dos EUA em Caracas, James Story, afirmou que a probabilidade de uma ação militar americana subiu para oitenta por cento.
- Históricamente, Washington impõe sanções e apoia a oposição venezuelana, lembrando a invasão do Panamá em mil novecentos e oitenta e nove.
- Analistas avaliam que a próxima fase pode incluir ataques aéreos direcionados a alvos estratégicos na Venezuela; comparações com a operação que eliminou o general iraniano Qassem Soleimani são citadas como hipótese.
- Riscos e consequências incluem possível cenário caótico e desestabilização, com negociações entre Washington e Caracas ainda em andamento.
O aumento das tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela se intensificou com o envio de navios de guerra, drones e tropas ao Caribe, uma manobra que visa pressionar o presidente Nicolás Maduro. O ex-embaixador dos EUA em Caracas, James Story, afirmou que a probabilidade de uma ação militar americana, antes considerada remota, agora é de 80%. O USS Gerald R. Ford, o maior porta-aviões do mundo, está se aproximando da região, elevando o risco de um conflito.
Historicamente, os EUA têm imposto sanções e apoiado a oposição venezuelana, lembrando a invasão do Panamá em 1989. A atual mobilização militar é vista por muitos como uma forma de forçar Maduro a ceder ou até mesmo a renunciar ao poder. “Os fatos mudaram enormemente”, disse Story, referindo-se à crescente presença militar americana na América Latina, que não era vista há décadas.
Possíveis Ações Militares
As análises indicam que a próxima fase pode incluir ataques aéreos direcionados a alvos estratégicos na Venezuela. Especialistas acreditam que uma ação direta poderia ser uma maneira eficaz de desestabilizar o governo de Maduro. Story sugeriu que um ataque semelhante ao que eliminou o general iraniano Qassem Soleimani poderia ser uma estratégia viável.
Por outro lado, a oposição venezuelana, representada por figuras como Maria Corina Machado, expressa otimismo com a possibilidade de um colapso do governo. “Estamos prontos para assumir o governo,” afirmou Machado, que vive sob constantes ameaças. Contudo, a ideia de uma intervenção militar suscita temores sobre a instabilidade que poderia seguir, semelhante ao que ocorreu na Líbia após a queda de Muammar Gaddafi.
Riscos e Consequências
Analistas alertam para as possíveis consequências de uma intervenção militar, que poderia levar a um cenário caótico e violento no país. Elías Ferrer, fundador da Orinoco Research, destacou que a Venezuela já enfrenta uma situação de “far-west”, e a remoção de Maduro poderia agravar ainda mais a crise.
A complexidade de uma possível intervenção militar é evidente, e muitos especialistas sugerem que, apesar das opções de ataque, a situação poderia rapidamente se transformar em um impasse, semelhante ao que os EUA vivenciaram no Afeganistão. A incerteza sobre o futuro da Venezuela continua a crescer, enquanto as negociações diplomáticas entre Washington e Caracas permanecem em andamento.