- O roubo de seis esculturas romanas do Museu Nacional de Damasco ocorreu na semana passada; a confirmação inicial veio da Diretoria Geral de Antiguidades e Museus (DGAM) e do Ministério da Cultura, sem detalhes sobre as peças furtadas.
- Na terça-feira circularam imagens das obras, que retratam a deusa Vênus; o Ministério da Cultura publicou, depois removeu, um comunicado identificando as esculturas, gerando questionamentos sobre transparência. Fontes dizem que funcionários do museu foram orientados a não comentar.
- A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) já havia alertado, no verão, sobre deficiências de segurança no museu; recursos limitados devem priorizar sistemas de segurança para uma sala de armazenamento.
- Especialistas discutem motivações; Adnan Almohamad, da Universidade de Londres, aponta possível símbolo ou mensagem política e possível envolvimento interno; Cheikhomas Ali, presidente da Associação para a Proteção da Arqueologia Síria, critica a falta de transparência e a divulgação pela imprensa.
- O caso segue sob investigação e a comunidade internacional acompanha a situação do patrimônio cultural na Síria.
O recente roubo de seis esculturas romanas do Museu Nacional de Damasco intensificou as preocupações sobre a segurança no local. O incidente, que ocorreu na semana passada, foi inicialmente confirmado pela Diretoria Geral de Antiguidades e Museus (DGAM) e pelo Ministério da Cultura, que, no entanto, não forneceram muitos detalhes sobre as peças furtadas.
Na terça-feira, imagens das esculturas, que retratam a deusa Vênus, começaram a circular nas redes sociais. O Ministério da Cultura chegou a publicar um comunicado identificando as obras, mas o post foi excluído poucas horas depois, gerando questionamentos sobre a transparência do governo. Fontes indicam que funcionários do museu foram orientados a não comentar sobre o caso, o que levanta suspeitas sobre a motivação do roubo.
Questões de Segurança
A UNESCO já havia alertado sobre deficiências de segurança no museu em uma avaliação realizada no verão. Um porta-voz da organização afirmou que, devido a recursos limitados, a ajuda se concentra na compra de sistemas de segurança e alarmes, visando proteger apenas uma sala de armazenamento. Essa situação revela a fragilidade das medidas de proteção em um local tão significativo.
Motivações do Roubo
Especialistas levantam teorias sobre as razões por trás do roubo. Adnan Almohamad, pesquisador da Universidade de Londres, sugere que a escolha das esculturas, que não têm valor no mercado negro, pode indicar uma mensagem simbólica, possivelmente de extremistas. Ele também aponta a possibilidade de envolvimento interno no crime. Cheikhomas Ali, presidente da Associação para a Proteção da Arqueologia Síria, critica a falta de transparência das autoridades e afirma que é vergonhoso que a mídia tenha que informar sobre os detalhes do roubo.
O caso continua a ser investigado, enquanto a comunidade internacional observa atentamente a situação do patrimônio cultural na Síria.