- O acordo de cessar-fogo mediado por Donald Trump entre Tailândia e Camboja, assinado em outubro, entrou em colapso após um soldado tailandês perder a perna em uma explosão de mina; o primeiro-ministro tailandês, Anutin Charnvirakul, declarou que o acordo estava encerrado.
- A violência na fronteira voltou a ocorrer: houve disparos entre tropas tailandesas e cambojanas; um civil foi morto e outros três ficaram feridos em Prey Chan, no Camboja, com moradores em pânico após os tiros, segundo autoridades locais.
- O rompimento ocorre em meio a tensões históricas entre os dois países, com disputas que remontam ao período colonial francês; em julho, combates deixaram 43 mortos e 300 mil deslocados, o pior conflito na região em uma década.
- A Tailândia acusou o Camboja de plantar a armadilha; o porta-voz do Exército tailandês, Winthai Suvaree, afirmou que tropas cambojanas teriam atirado em território tailandês.
- O governo tailandês suspendeu a implementação do acordo, mas não houve retirada oficial; a região permanece tensa e o futuro do cessar-fogo continua incerto.
Recentemente, o acordo de cessar-fogo mediado por Donald Trump entre Tailândia e Camboja, assinado em outubro, entrou em colapso. A situação se agravou após um soldado tailandês perder a perna em uma explosão de mina, levando o primeiro-ministro tailandês, Anutin Charnvirakul, a declarar que o acordo estava encerrado.
A violência ressurgiu na fronteira, com disparos registrados entre as tropas tailandesas e cambojanas. Um civil foi morto e outros três ficaram feridos em Prey Chan, no Camboja. As autoridades locais relataram que os tiros vieram do lado tailandês, causando pânico entre os moradores. “Eles apenas dispararam contra nós. Não fizemos nada”, afirmou uma residente da área.
O rompimento do cessar-fogo ocorre em um contexto de tensões históricas entre os dois países, com disputas territoriais que remontam ao período colonial francês. Em julho, combates intensos resultaram em 43 mortes e 300 mil deslocados, o que foi considerado o pior conflito na região em uma década. O acordo de paz, embora celebrado, não resolveu as questões subjacentes ao conflito.
Reações e Consequências
Após a explosão da mina, a Tailândia acusou o Camboja de ter plantado a armadilha. O porta-voz do exército tailandês, Winthai Suvaree, afirmou que as tropas cambojanas dispararam em território tailandês. O primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, criticou a situação, ressaltando que a ação fere o espírito humanitário e os acordos recentes.
Embora o governo tailandês tenha suspendido a implementação do acordo, não houve uma retirada oficial. A tensão na região permanece alta, com ambos os lados em alerta. O futuro do cessar-fogo mediado por Trump, que buscou promover a paz entre as nações, agora se encontra em um estado crítico.