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Devolução de artefatos a Gana expõe inação do Reino Unido na restituição

cento e trinta artefatos devolvidos ao Reino de Asante, incluindo regalia, tambores e pesos cerimoniais, destacam atraso britânico

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Artefacts were also returned to Asante last year. Both moves were welcomed by King Otumfuo Osei Tutu II AP Photo/Misper Apawu
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  • 130 artefatos de coleções privadas foram devolvidos ao Reino de Asante, em Gana, por Hermione Waterfield e a empresa sul-africana AngloGold Ashanti, incluindo regalias reais, tambores e pesos cerimoniais, com itens datados da década de 1870.
  • A devolução aumenta o debate sobre a restituição de bens culturais e aponta a inércia do governo britânico em avançar com a restituição formal por meio de museus nacionais.
  • Dan Hicks, autor de obras sobre o tema, descreve o retorno como marco na luta pela restituição de objetos saqueados e diz que museus não nacionais e colecionadores privados estão tomando a iniciativa, enquanto o secretary of Culture britânico não avança políticas.
  • Caroline Angle Maguire destaca que a proveniência muitas vezes não é divulgada por colecionadores, dificultando a identificação de itens culturalmente importantes; alguns objetos têm vínculos com saques documentados, enquanto outros foram adquiridos após a independência de Gana.
  • A devolução representa um passo em direção à reparação histórica e ocorre em meio a pressão global por mais devoluções, com o Reino de Asante já tendo recebido itens no ano anterior.

A recente devolução de 130 artefatos de coleções privadas ao Reino de Asante, em Gana, intensifica o debate sobre a restituição de bens culturais. A ação, realizada por Hermione Waterfield, historiadora de arte britânica, e a empresa sul-africana AngloGold Ashanti, inclui itens como regalias reais, tambores e pesos cerimoniais. A devolução destaca a inércia do governo britânico em avançar com a restituição formal através de museus nacionais.

Os artefatos, que datam da década de 1870, foram recebidos com entusiasmo por especialistas em patrimônio. Dan Hicks, autor de obras sobre o tema, descreve o retorno como um “marco na longa luta pela restituição de objetos saqueados”. Ele ressalta que, enquanto o secretário de Cultura do Reino Unido não avança em políticas de devolução, museus não nacionais e colecionadores privados estão tomando a iniciativa.

Pressão por Restituições

A devolução levanta questões sobre a proveniência dos artefatos. Caroline Angle Maguire, historiadora especializada em arte africana, observa que muitos colecionadores não divulgam seus inventários, dificultando a identificação de itens de importância cultural. Ela destaca que, em negociações, a relevância cultural dos objetos tem superado a necessidade de comprovação de sua origem.

Maguire menciona que alguns itens, como um tambor fontomfrom devolvido por Waterfield, têm vínculos claros com casos documentados de saque, enquanto outros foram adquiridos após a independência de Gana. A especialista espera que esse exemplo inspire mais devoluções éticas, mesmo quando a origem dos objetos não está diretamente ligada a atos de violência.

A devolução dos artefatos ao Reino de Asante, que já havia recebido itens no ano anterior, é um passo significativo em direção à reparação histórica. A pressão por mais devoluções continua a crescer, refletindo um movimento global em busca de justiça para comunidades afetadas pelo colonialismo.

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