- A União Europeia proibiu o visto Schengen de múltiplas entradas para cidadãos russos, em resposta a incursões aéreas com drones e sabotagens atribuídas à Rússia; a medida já está em vigor.
- O anúncio foi feito na sexta-feira pela UE e busca dificultar a mobilidade de pessoas ligadas ao regime de Vladimir Putin.
- O chefe da política externa da UE, Kaja Kallas, afirmou que não há como justificar a liberdade de movimento na Europa enquanto a Rússia inicia guerras; a norma também visa limitar ações da elite russa.
- Críticos da oposição, como Ilya Yashin, dizem que a decisão é contraproducente e que a população não deve ser punida pelas ações do governo.
- Oposição teme impacto na mídia independente: Elena Kostyuchenko e Sergey Parkhomenko apontam dificuldades de cooperação entre jornalistas; Parkhomenko chamou a medida de extraordinária em sua idiotice. Hungria resiste, mas a maioria dos estados membros aplica as regras; Itália também disse que seguirá a política da UE.
A União Europeia (UE) anunciou a proibição de visto Schengen de múltiplas entradas para cidadãos russos, em resposta a incursões aéreas com drones e sabotagens atribuídas à Rússia. A decisão foi divulgada na última sexta-feira e já está em vigor, com a expectativa de que a medida dificulte a mobilidade de indivíduos ligados ao regime de Vladimir Putin.
O chefe da política externa da UE, Kaja Kallas, justificou a restrição afirmando que é difícil justificar a liberdade de movimento na Europa enquanto a Rússia inicia guerras. A medida visa não apenas os cidadãos comuns, mas também tenta limitar as ações de membros da elite russa, que frequentemente encontram brechas nas regras. Entretanto, críticos da oposição russa, como Ilya Yashin, argumentam que a proibição é contraproducente. Ele ressaltou que a população não deve ser punida pelas ações do governo e que muitos russos se opõem à guerra.
Reações da Oposição
Opositoras como Elena Kostyuchenko e Sergey Parkhomenko também expressaram preocupação com o impacto sobre a mídia independente. Kostyuchenko destacou que a nova regra dificultará a coordenação entre jornalistas que dependem de colaborações com colegas na Rússia. Parkhomenko chamou a decisão de “extraordinária em sua idiotice”, afirmando que é uma tentativa ineficaz de demonstrar ação por parte da UE.
Apesar da resistência de alguns países, como a Hungria, que tradicionalmente mantêm laços mais amigáveis com a Rússia, a maioria dos estados membros já está aplicando as novas regras. A Itália, um destino popular para russos, também se comprometeu a seguir a política da UE. Embora haja menções a exceções para casos específicos, como ativistas de direitos humanos, a eficácia dessas medidas é questionada, dado que podem sinalizar os beneficiários como inimigos do regime.
Contexto Atual
A decisão da UE ocorre em um clima de crescente tensão, onde muitos cidadãos russos enfrentam o fechamento de contas bancárias e restrições severas de viagem. A pressão internacional sobre a Rússia tem aumentado, e a expectativa é que as novas regras sejam um passo para reforçar a segurança na Europa, em meio a atividades híbridas russas no continente. A situação continua a evoluir, com a comunidade internacional observando atentamente as reações e as consequências dessas restrições.