- O pastor Ezekiel Dachomo, líder da Igreja de Cristo nas Nações na Nigéria, vive sob ameaça diária após denunciar assassinatos de cristãos; em 24 de outubro afirmou ter sido incluído numa lista de alvos, com a vida em sério perigo.
- Em vídeo divulgado em 15 de outubro, Dachomo aparece ao lado de corpos de cristãos mortos por extremistas fulanis e critica a negação do governo sobre um possível genocídio religioso.
- Ele relatou que recebe ameaças diárias e que extremistas marcaram uma data para sua execução; negou incitação à violência, afirmando que a verdadeira incitação vem da inação das forças de segurança, e disse estar disposto a morrer pela fé, pedindo que, se for sequestrado, não haja pagamento de resgate.
- Um representante do Exército visitou a igreja e prometeu proteção; o ex-presidente Donald Trump afirmou estar disposto a pressionar o governo nigeriano e até cortar ajuda caso não haja ação diante da situação.
- Líderes cristãos de Borno apontam crise humanitária com mais de 100 mil deslocados; relatório registra queda de grandes igrejas em Gwoza, de 176 em 2009 para 148 queimadas hoje, e destaca a Nigéria como um dos países mais hostis aos cristãos, ocupando o sétimo lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025 da Portas Abertas; no último ano, 3.100 dos 4.476 cristãos mortos no mundo por causa da fé ocorreu na Nigéria.
O pastor nigeriano Ezekiel Dachomo, líder da Igreja de Cristo nas Nações, vive sob constante ameaça de morte após denunciar assassinatos de cristãos na Nigéria. Em 24 de outubro, ele revelou que foi incluído em uma lista de alvos, afirmando que sua vida está em sério perigo. A situação se agravou após a divulgação de um vídeo em 15 de outubro, onde aparece ao lado de corpos de cristãos mortos por extremistas fulanis, criticando a negação do governo sobre um possível genocídio religioso.
Dachomo, que reside no estado de Plateau, relatou que tem recebido ameaças diárias e afirmou que extremistas marcaram uma data para sua execução. Ele se defendeu das acusações de incitação à violência, afirmando que a verdadeira incitação vem da inação das forças de segurança. Em um novo vídeo, o pastor declarou estar disposto a morrer pela fé e pediu que, se for sequestrado, não paguem resgate, pois acredita que seu sacrifício pode ajudar outros cristãos.
Reação do Governo e da Comunidade Internacional
Após as ameaças, um representante do Exército visitou a igreja de Dachomo e prometeu proteção. O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, manifestou sua disposição em pressionar o governo nigeriano e até cortar ajuda ao país caso não haja ação diante da situação. Isso ocorre em um contexto onde líderes cristãos do estado de Borno relataram uma crise humanitária, com mais de 100 mil deslocados devido a décadas de ataques.
Um recente relatório aponta que, antes da insurgência do Boko Haram, em 2009, havia mais de 176 grandes igrejas na região de Gwoza, mas atualmente 148 foram queimadas. As lideranças cristãs pedem verdade e responsabilidade, ressaltando que a Nigéria permanece como um dos países mais hostis aos cristãos, ocupando o 7º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025 da Portas Abertas. Em um último ano, 3.100 dos 4.476 cristãos mortos no mundo por causa da fé foram na Nigéria, evidenciando a gravidade da situação.