- Contexto da guerra de Sarajevo (1992 a 1996) envolve acusações de “safaris humanos”, com civis italianos que teriam ido ao front para matar mediante pagamento; relatos de Edin Subasic e Benjamina Karic já integravam investigações, encaminhadas ao SISMI e à Fiscalia de Milão.
- Subasic e Karic seguem colaborando com depoimentos por correio e WhatsApp; apuração identificou possíveis nomes de franco-atiradores e documentos nos arquivos do SISMI e militares, sem citações formais à Fiscalia da Bósnia ou às autoridades italianas.
- Karic apresentou denúncia penal à Fiscalia da Bósnia contra autores desconhecidos que teriam morto cidadãos; anexou o depoimento de John Jordan, ex-membro da Unprofor, que testemunhou a chegada de caçadores; caso tramita, mas pedidos de aceleração não foram atendidos.
- Subasic afirma que espera ser chamado para depor; acredita que a pressão pública pode levar a Fiscalia a agir; documentos relevantes permanecem nos arquivos do SISMI e dos militares da Bósnia, incluindo depoimento de um prisioneiro sérvio que confirmou italianos armados no front.
- Expectativas de justiça são centrais: Karic diz manter a convicção de responsabilização; editor de vídeo Dzemil Hodzic, que perdeu um irmão, tem dúvidas sobre a veracidade mas admite possível motivação financeira; investigação em Milão continua buscando possíveis responsáveis.
O contexto da guerra em Sarajevo, que ocorreu entre 1992 e 1996, traz à tona as polêmicas acusações de “safaris humanos”, onde civis italianos supostamente viajavam ao front para matar mediante pagamento. Os relatos de Edin Subasic, ex-analista de inteligência militar, e Benjamina Karic, ex-alcaldesa de Novo Sarajevo, são centrais para as investigações em andamento, que já foram encaminhadas ao SISMI e à Fiscalía de Milão.
Atualmente, Subasic e Karic continuam a colaborar com a investigação, enviando depoimentos por correio e WhatsApp. A apuração já identificou possíveis nomes de franco-atiradores e documentos nos arquivos do SISMI, mas ainda não houve citações formais à Fiscalía da Bósnia ou às autoridades italianas. Subasic, que foi professor e jornalista, relata que os franco-atiradores escolhiam suas vítimas, que podiam ser civis, mulheres ou crianças, e que cada vida tinha um preço estipulado.
Colaboração e Testemunhos
Karic, que viveu o cerco de Sarajevo durante a infância, apresentou uma denúncia penal à Fiscalía da Bósnia contra autores desconhecidos que mataram cidadãos. Ela também anexou o testemunho de John Jordan, um ex-membro da Unprofor, que presenciou a chegada de caçadores. O caso segue em trâmite, mas as solicitações de Karic para acelerar o processo não tiveram resultados.
Subasic, por sua vez, expressa sua expectativa de ser chamado para depor. Ele acredita que a pressão pública pode forçar a Fiscalía a agir. Documentos relevantes ainda estão disponíveis nos arquivos do SISMI e militares da Bósnia, incluindo o depoimento de um prisioneiro serbio que confirmou a presença de italianos armados no front.
Expectativas de Justiça
Ambos os colaboradores estão otimistas quanto à possibilidade de justiça. Karic afirma que sua luta se baseia na convicção de que os responsáveis serão responsabilizados. O editor de vídeo Dzemil Hodzic, que perdeu um irmão durante a guerra, também expressa suas dúvidas sobre a veracidade dos “safaris humanos”, mas acredita que a motivação financeira pode explicar os atos de violência.
A investigação em Milão continua, com as autoridades italianas buscando nomes de possíveis responsáveis pelos crimes cometidos em Sarajevo. A situação permanece delicada, mas a esperança de justiça persiste entre os sobreviventes e testemunhas.