- O presidente da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago, afirmou ser superdifícil alcançar consenso entre 195 países para pautas da esquerda.
- Em Belém, ele recebeu carta da Cúpula dos Povos com 15 propostas, que critica o capitalismo, rejeita mecanismos de compensação e defende o feminismo como eixo político.
- A carta foi elaborada ao longo de dois anos por 1,1 mil organizações de 65 países e aponta que as populações periféricas são as mais afetadas por eventos climáticos extremos.
- Corrêa do Lago destacou que, apesar da pressão da sociedade civil, as negociações seguem um rito rígido.
- A marcha Global pelo Clima em Belém reuniu cerca de 70 mil pessoas; participou a CEO da COP 30, Ana Toni, e autoridades como a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; Lula quer que a COP seja marco da influência da sociedade civil nas discussões climáticas.
O presidente da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago, reconheceu as dificuldades em incluir pautas de povos indígenas e movimentos sociais nas negociações climáticas. Durante evento em Belém, ele recebeu uma carta da Cúpula dos Povos com 15 propostas, mas destacou que o consenso entre os 195 países da ONU é um desafio. As declarações foram feitas no último domingo, 16 de novembro.
A carta, elaborada ao longo de dois anos por 1,1 mil organizações de 65 países, critica o capitalismo e rejeita mecanismos de compensação considerados ineficazes. Além disso, defende o feminismo como eixo político e aponta que as populações periféricas são as mais afetadas por eventos climáticos extremos. Corrêa do Lago enfatizou que a pressão da sociedade civil é fundamental, mas as negociações seguem um rito rígido.
Mobilização Popular
A entrega da carta ocorreu um dia após a Marcha Global pelo Clima, que reuniu cerca de 70 mil pessoas em Belém. O ato de resistência contou com a presença de movimentos sociais, povos tradicionais e participantes de várias nacionalidades. A CEO da COP 30, Ana Toni, e autoridades como a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também marcaram presença.
Corrêa do Lago afirmou que, apesar da força simbólica da carta, existem limites concretos para atender todas as demandas, especialmente as do movimento indígena. Ele ressaltou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deseja que a COP 30 seja um marco na influência da sociedade civil nas discussões climáticas.