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Na Amazônia, proteção é espiritual contra barões da coca e madeireiros

Guarda Indígena do Amazonas, com mais de cinquenta mil integrantes, atua sem armas; em dois mil e vinte e quatro, sete guardas foram assassinados e 2025 registra aumento de violência

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Indigenous guards are unarmed, but carry a ceremonial staff as a symbol of their authority (Credit: Juan Javier Jojoa)
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  • A Guarda Indígena do Amazonas, criada desde 2013 na Amazônia colombiana, é uma força pacífica que protege a floresta; mais de cinquenta mil guardas atuam em diversas comunidades.
  • Em dois mil e vinte e quatro sete guardas foram assassinados; em dois mil e vinte e cinco há relatos de aumento de violência e de atividades de economias ilegais, como a coca.
  • Os desafios incluem a luta pelo controle de áreas de cultivo de coca, que expandiram de vinte e cinco mil para cinquenta mil hectares em Putumayo desde dois mil e quinze; há também contaminação por mercúrio em comunidades isoladas.
  • As ações de proteção envolvem patrulhas sem armas, uso de bastões como símbolo de autoridade e diálogo como primeira resposta; caso não haja solução, recorrem a lideranças, autoridades colombianas e organizações internacionais. Recentemente, há encontros de líderes para proteger comunidades não contactadas e enfrentar a contaminação por mercúrio.
  • A Organização das Nações Unidas alerta para o recrudescimento da violência e a exploração de povos indígenas; a proteção da Amazônia exige apoio internacional e diálogo contínuo. A espiritualidade acompanha as patrulhas, com cerimônias que incluem yagé, e as equipes costumam ter até trinta pessoas.

Desde 2013, líderes indígenas da Amazônia colombiana estabeleceram a Guarda Indígena do Amazonas, uma força pacífica dedicada à proteção da floresta. Motivados pela violência de madeireiros, caçadores e grupos armados, mais de 50 mil guardas atuam em várias comunidades. Recentemente, a situação se agravou: em 2024, sete guardas foram assassinados, e em 2025, relatos indicam um aumento da violência e a crescente presença de economias ilegais, como a coca.

Os desafios enfrentados pela Guarda Indígena são alarmantes. O aumento da violência está ligado à luta pelo controle de áreas de cultivo de coca, que se expandiram de 25 mil para 50 mil hectares em Putumayo desde 2015. Além disso, a contaminação por mercúrio, utilizada em atividades de mineração, ameaça comunidades isoladas. A Defensoría del Pueblo, órgão de direitos humanos da Colômbia, revelou que quase a metade dos casos de recrutamento forçado em 2024 envolveu crianças indígenas.

Ações de Proteção e Diálogo

Os membros da Guarda Indígena, que patrulham a floresta sem armas, utilizam bastões como símbolo de autoridade. Em caso de atividades ilegais, o primeiro passo é o diálogo. Se essa abordagem falhar, os guardas recorrem a seus líderes e, eventualmente, às autoridades colombianas e organizações internacionais. Recentemente, líderes indígenas se reuniram para proteger comunidades não contatadas e enfrentar a contaminação por mercúrio.

A espiritualidade desempenha um papel fundamental nas atividades da Guarda. Antes das patrulhas, os guardas realizam cerimônias que envolvem o uso de yagé, uma bebida sagrada. Luis Jansasoy, líder da Guarda em Putumayo, destaca a importância da ancestralidade e da união entre as comunidades. As patrulhas, compostas por grupos de até 30 pessoas, têm a missão de proteger não apenas a floresta, mas também as espécies ameaçadas e as comunidades vizinhas.

Repercussões e Preocupações Futuras

Com o aumento da violência e do recrutamento de jovens, a Guarda Indígena enfrenta um cenário cada vez mais desafiador. A ONU alertou sobre o recrudescimento da violência e a exploração das comunidades indígenas por grupos armados. A luta pela proteção da Amazônia se intensifica, e a necessidade de apoio internacional e diálogo contínuo se torna mais urgente. A resistência pacífica dos indígenas é um exemplo de coragem e determinação em face da adversidade.

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