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Violência de colonos na Cisjordânia aumenta após cessar-fogo em Gaza

ONU registra 260 ataques de colonos no West Bank em outubro, maior mês desde 2006, com danos a oliveiras e mortes de palestinos

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Vehicles belonging to Palestinian olive farmers were set on fire by Israelis in the village of Turmus Ayya near Ramallah in October. Photograph: Anadolu/Getty Images
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  • A violência de colonos israelenses no West Bank atingiu duzentas e sessenta ataques em outubro, o maior total mensal desde o início do monitoramento em 2006, incluindo agressões a agricultores e incêndios em oliveiras.
  • Ataques em Beit Lid, Beit Duqqu e Beit Furik deixaram feridos e provocaram destruição de propriedades, enquanto a colheita de oliveiras segue, atividade vital para cento e dez mil agricultores palestinos.
  • Aviv Tatarsky, ativista israelense, disse que “os colonos operam com total impunidade”; os ataques ocorrem em meio à colheita, que impacta diretamente a economia local.
  • Segundo a Palestinian Farmers’ Union, houve aumento de quatro vezes nos atos de violência contra membros desde o início do conflito em Gaza; na última semana, agricultores em Beit Duqqu foram agredidos e oliveiras queimadas perto de Qalqilya.
  • Sete palestinos foram mortos por fogo militar nos últimos dias, elevando o total desde o início de outubro para mais de mil, incluindo mais de duzentas crianças; o governo de Israel afirmou que a violência é cometida por uma minoria que não representa o povo colonizador.
  • O aumento da violência preocupa a comunidade internacional e afeta a economia da colheita de oliveiras, com a renda anual caindo de US$ 130 milhões para um nível bem menor; cerca de cinquenta mil trabalhadores dependem indiretamente da atividade.
  • Ativistas e organizações de direitos humanos criticam a inação das autoridades israelenses, com apenas cinco por cento das investigações resultando em denúncias, enquanto o medo persiste entre os palestinos.

A violência de colonos israelenses no West Bank tem crescido de forma alarmante, com a ONU registrando 260 ataques em outubro, o maior número mensal desde que começou a monitorar a situação em 2006. Esses incidentes, que incluem agressões a agricultores e incêndios em oliveiras, impactam diretamente a economia local e a vida dos palestinos.

Recentemente, ataques em localidades como Beit Lid, Beit Duqqu e Beit Furik resultaram em ferimentos e destruição de propriedades. Aviv Tatarsky, ativista israelense, afirmou que “os colonos operam com total impunidade”. Os ataques têm ocorrido em meio à colheita das oliveiras, uma atividade vital para cerca de 110 mil agricultores palestinos, que dependem dessa cultura para sua subsistência.

Aumento da Violência

As estatísticas da Palestinian Farmers’ Union indicam um aumento de quatro vezes nos atos de violência contra seus membros desde o início do conflito em Gaza, evidenciando uma campanha deliberada para desestabilizar a vida rural palestina. Na última semana, agricultores em Beit Duqqu foram agredidos, e oliveiras foram queimadas em vilarejos próximos a Qalqilya.

Além disso, os confrontos com as forças militares israelenses também aumentaram. Nos últimos dias, sete palestinos foram mortos por fogo militar, elevando o total de mortos na região desde o início de outubro para mais de 1.000, incluindo mais de 200 crianças. O governo israelense, representado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, atribuiu a violência a uma “minoria” que não representa o povo colonizador.

Reação Internacional e Consequências Econômicas

A comunidade internacional observa com preocupação o aumento da violência, enquanto o impacto econômico da colheita de azeitonas diminui drasticamente. O rendimento anual, que antes era de US$ 130 milhões, agora é uma fração desse valor. A situação é ainda mais crítica para os 50 mil trabalhadores que dependem indiretamente da colheita.

Ativistas e organizações de direitos humanos criticam a inação das autoridades israelenses em controlar a violência dos colonos. Apenas 5% das investigações sobre esses ataques resultam em denúncias. O clima de medo e insegurança persiste, enquanto os palestinos clamam por proteção e respeito aos seus direitos.

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