- A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou a Lei de Transparência sobre os Papéis de Epstein com apenas um voto contra, o representante Clay Higgins (Louisiana). A norma pressiona o Departamento de Justiça a liberar milhões de páginas vinculadas ao caso Epstein.
- A aprovação ocorreu após anos de bloqueio na gestão de Donald Trump; a mudança de posição de Trump, que autorizou os republicanos a votar favoravelmente, foi decisiva para a mobilização.
- O caminho ao Senado pode ser marcado por emendas e atrasos. O presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmou preocupação com a proteção da identidade das vítimas.
- Sobreviventes e democratas intensificam a pressão pela publicação total e imediata dos documentos. Várias vítimas compareceram ao Capitólio para exigir a aprovação sem limitação. Apenas Haley Robson destacou que, embora traumatizada, não é ingênua.
- A bancada também viu uma parceria incomum entre Ro Khanna (democrata) e Thomas Massie (republicano), que contribuíram para a redação da proposta, fortalecida por outros quatro republicanos favoráveis à transparência.
A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou, na última terça-feira, a Lei de Transparência sobre os Papéis de Epstein, com apenas um voto contra. A proposta, que exige a desclassificação de documentos relacionados ao caso do financista Jeffrey Epstein, foi aprovada com o apoio de quase todos os membros, exceto o representante Clay Higgins, da Louisiana. A lei visa pressionar o Departamento de Justiça a liberar milhões de páginas que podem revelar a ligação de Epstein com diversas figuras influentes.
Após anos de bloqueio sob a administração de Donald Trump, que era amigo de Epstein, a aprovação na câmara representa um avanço significativo. A mudança de posição de Trump, que autorizou os republicanos a votarem a favor da lei, foi crucial para a mobilização. Entretanto, o caminho até o Senado pode ser complicado, com a possibilidade de emendas e atrasos. O presidente da câmara, Mike Johnson, expressou preocupações sobre a falta de medidas para proteger a identidade das vítimas.
Pressão por Transparência
Sobreviventes e democratas estão pressionando para que a publicação dos documentos seja total e imediata. Durante o debate, várias vítimas de Epstein compareceram ao Capitólio para exigir a aprovação da lei. Uma delas, Haley Robson, declarou que estava traumatizada, mas não era ingênua. As vítimas pediram que Trump não tratasse o assunto como uma “farsa democrática”, mas sim como uma questão de justiça.
A aprovação da lei também gerou uma aliança incomum entre representantes de ambos os partidos, como Ro Khanna (democrata) e Thomas Massie (republicano), que trabalharam juntos para redigir a proposta. O apoio foi reforçado por outros quatro republicanos que se mostraram favoráveis à transparência.
Desdobramentos Futuros
A expectativa agora é que o Senado introduza emendas ao texto, o que pode prolongar o processo legislativo. A administração anterior se negou a liberar documentos, e o atual clima político sugere que a batalha pela transparência ainda está longe de terminar. As próximas semanas serão cruciais para definir se a lei avançará sem obstáculos adicionais.