- A Dinamarca anunciou meta climática de redução de emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 82% até 2035, em relação a 1990, superando o Reino Unido (81% e aproximando-se dos padrões mais rígidos da União Europeia. O anúncio ocorreu em meio a críticas à lentidão de outros países europeus em avançar em políticas climáticas.
- Nos últimos dois anos, várias nações europeias atacam regras ambientais, enfraquecendo políticas existentes e adiando novas metas. O Green Deal (pilar da ação climática da UE) enfrenta pressões internas, dificultando ações rápidas em fóruns internacionais, como a COP30, que ocorre no Brasil.
- A UE busca reduzir emissões em 90% até 2040, porém permite que até 5% das reduções venham de créditos de carbono, o que tem gerado controvérsias sobre a eficácia dessa prática.
- Votação recente no Parlamento Europeu para enfraquecer leis contra o desmatamento gerou indignação entre ambientalistas, que veem o movimento como retrocesso nas iniciativas de sustentabilidade.
- Críticas à inação europeia ganham força com a aproximação de coalizões entre partidos de direita e extrema direita, que, segundo especialistas como Alberto Alemanno, podem desconstituir políticas verdes e afetar a posição da Europa em negociações globais, enquanto a Dinamarca se destaca como líder em metas ambiciosas.
A Dinamarca anunciou uma meta climática ambiciosa: reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 82% até 2035, em comparação com os níveis de 1990. Essa meta supera a do Reino Unido, que é de 81%, e se aproxima dos padrões mais rigorosos da União Europeia (UE). O anúncio foi feito em meio a críticas sobre a lentidão de outros países europeus em avançar em suas políticas climáticas.
Nos últimos dois anos, diversas nações europeias têm atacado regras ambientais, enfraquecendo políticas existentes e adiando novas metas. O Green Deal da UE, que deveria ser um pilar de suas ações climáticas, enfrenta pressões internas, dificultando a defesa de ações mais urgentes em fóruns internacionais, como a COP30, que ocorre atualmente no Brasil.
Enquanto a Dinamarca se destaca com sua nova meta, a UE, por sua vez, busca uma redução de 90% nas emissões até 2040. Contudo, essa meta permite que até 5% das reduções venham de créditos de carbono, o que tem gerado controvérsias sobre a eficácia real dessa abordagem. A votação recente no Parlamento Europeu para enfraquecer leis contra o desmatamento gerou indignação entre grupos ambientalistas, que veem isso como um retrocesso nas iniciativas de sustentabilidade.
Críticas à Inação Europeia
A crescente colaboração entre partidos de direita e extrema direita na Europa tem levado a um desmonte das políticas verdes. Alberto Alemanno, professor de Direito, destacou que isso redefine a maioria política na UE, colocando em risco o futuro das políticas climáticas. O enfraquecimento das regras ambientais não apenas compromete a sustentabilidade, mas também a posição da Europa em negociações globais.
Enquanto isso, a Dinamarca se posiciona como um líder em ações climáticas, mostrando que é possível avançar em metas ambiciosas mesmo em um cenário de resistência. O contraste entre a determinação dinamarquesa e a hesitação de outros países europeus sublinha a urgência de uma ação coletiva e coerente para enfrentar a crise climática.