- Em 2021, na COP26, a União Europeia e 159 países assinaram o Global Methane Pledge, comprometendo reduzir o metano em 30% até 2030.
- Na COP30, Belém, o Global Methane Status Report indica que as emissões seguem aumentando: de 352 milhões de toneladas em 2020 para 369 milhões de toneladas em 2030, se as leis vigentes não mudarem.
- O relatório, elaborado com colaboração de mais de noventa pesquisadores, aponta que, se a trajetória atual persistir, podem ocorrer 24 mil mortes prematuras, perda de 2,5 milhões de toneladas de safras anualmente e prejuízo econômico de US$ 43 bilhões até 2030.
- Avanços mostram que o setor energético concentra 72% do potencial de redução de baixo custo; dois terços dos países já incluíram ações de metano em NDCs, conforme destacou Dan Jørgensen, comissário europeu para energia e habitação.
- Para alcançar a meta de 30%, as NDCs precisam ser mais ambiciosas e as ações devem ser efetivamente implementadas, já que reduções de metano ajudam o clima, a qualidade do ar, a saúde pública e geram empregos.
Em 2021, na COP26, a União Europeia e 159 países firmaram o Global Methane Pledge, comprometendo-se a reduzir as emissões de metano em 30% até 2030. Na COP30, realizada em Belém, foi apresentado o Global Methane Status Report, que revela que as emissões continuam a crescer, passando de 352 milhões de toneladas em 2020 para uma previsão de 369 milhões de toneladas em 2030, caso as legislações atuais permaneçam inalteradas.
O relatório, elaborado com a colaboração de mais de 90 pesquisadores, destaca que, se a trajetória atual for mantida, o aumento nas emissões pode resultar em 24 mil mortes prematuras e uma perda de 2,5 milhões de toneladas em colheitas anualmente, acarretando um prejuízo econômico de US$ 43 bilhões até 2030. Apesar disso, o documento aponta que ainda há caminhos para alcançar a meta de redução.
Avanços e Desafios
Desde a assinatura do compromisso, houve avanços significativos. Em 2020, as projeções indicavam um aumento mais acentuado, prevendo 383 milhões de toneladas até 2030. O comissário europeu para energia e habitação, Dan Jørgensen, afirmou que as ações implementadas, embora levem tempo para mostrar resultados, têm demonstrado um aumento na atenção ao metano.
O setor energético é considerado o principal responsável pela mitigação, com 72% do potencial de redução de baixo custo. Além disso, dois terços dos países já incluíram ações para a redução de metano em seus planos nacionais, um aumento de 38% em relação a 2020. A líder da divisão de indústria e economia da UNEP, Martina Otto, destacou que o compromisso global teve um impacto positivo, reestruturando prioridades nacionais.
Oportunidades Futuras
Para atingir a meta de redução de 30%, é necessário que as NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) sejam ainda mais ambiciosas e que as ações propostas sejam efetivamente implementadas. As reduções nas emissões de metano não apenas ajudam a frear o aquecimento global, mas também melhoram a qualidade do ar, a saúde pública e geram novas oportunidades de emprego.