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Israel usa munições de dispersão proibidas no Líbano, fotos de destroços sugerem

The Guardian aponta indícios de uso recente de munições cluster israelenses na guerra de treze meses contra o Líbano, com remanescentes de M999 Barak Eitan e Ra’am Eitan

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Remnants found of a cluster munition show a white nylon ribbon, used to stabilise and spin submunitions.
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  • Fotografias de remanescentes sugerem uso recente de munições cluster por Israel na guerra com o Líbano, em áreas florestais no sul do país, incluindo os modelos M999 Barak Eitan e Ra’am Eitan.
  • As evidências indicam a presença de dois tipos de munições cluster após a guerra de meses com o Líbano; o M999 Barak Eitan libera nove submunições em um raio, e o Ra’am Eitan é um novo tipo desenvolvido pela Elbit Systems.
  • Não obstante o uso atual, Israel não é signatário da convenção internacional que proíbe munições cluster; a ONG Cluster Munition Coalition destaca que esse armamento viola o direito humanitário devido à sua natureza indiscriminada.
  • A guerra que começou em outubro de dois mil e vinte e três deixou quase quatro mil mortos no Líbano e cerca de cento e vinte em Israel; mesmo com cessar-fogo assinado no ano passado, ataques aéreos continuam frequentes.
  • Organizações de direitos humanos questionam a eficácia dos novos modelos para reduzir submunições não detonadas, afirmando que os riscos para civis persistem por décadas após os conflitos.

Israel utilizou munições cluster, amplamente banidas, durante a recente guerra com o Líbano, segundo fotografias de remanescentes analisadas por especialistas. As imagens indicam o uso de dois tipos de munições cluster, M999 Barak Eitan e Ra’am Eitan, em áreas florestais do sul do país.

Essas evidências são as primeiras desde o uso de tais munitions na guerra de 2006, quando Israel lançou cerca de 4 milhões de bombas cluster em território libanês, resultando em aproximadamente 1 milhão de submunições não detonadas. A presença dessas munições não explodidas continua a representar um risco significativo à população civil, com mais de 400 mortes registradas desde então.

Detalhes das Munições

Os remanescentes foram encontrados em três locais distintos, incluindo os vales de Wadi Zibqin, Wadi Barghouz e Wadi Deir Siryan, ao sul do rio Litani. Os especialistas confirmaram que um dos artefatos é um M999 Barak Eitan, que libera nove submunições que se espalham em um raio considerável. O segundo remanescente é identificado como um Ra’am Eitan, um novo tipo de munição guiada desenvolvida pela Elbit Systems.

Israel não é signatário da convenção que proíbe o uso de munições cluster, e a sua utilização levanta questões sobre a conformidade com as leis humanitárias internacionais. A diretora da Cluster Munition Coalition, Tamar Gabelnick, afirmou que o uso dessas munições é contrário ao dever militar de respeitar o direito humanitário, devido à sua natureza indiscriminada.

Impacto e Consequências

A guerra, que se iniciou em outubro de 2023, resultou na morte de quase 4 mil pessoas no Líbano e cerca de 120 em Israel. Apesar da assinatura de um cessar-fogo no ano passado, Israel continua a realizar ataques aéreos frequentes no Líbano. A utilização de munições cluster pode ter sido uma estratégia para atingir combatentes do Hezbollah, que se escondem em áreas densamente florestadas.

Os novos modelos de munições foram desenvolvidos para reduzir a quantidade de submunições não detonadas, mas especialistas questionam a precisão dessas alegações. A utilização de tais armamentos, segundo organizações de direitos humanos, é considerada irresponsável, pois os riscos à vida civil perduram por décadas após os conflitos.

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