- Deputados do Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro no Bundestag criticaram, nesta terça-feira (18), as declarações do chanceler federal da Alemanha, Friedrich Merz, vistas como comparação negativa entre Brasil e Alemanha.
- Merz elogiou a “beleza” da Alemanha e mencionou que jornalistas na Cúpula de Líderes em Belém ficaram satisfeitos por retornar à Europa; a deputada Isabel Cademartori (Partido Social-Democrata) disse que o chanceler deve evitar tratar países parceiros com arrogância ocidental e ressaltou o Brasil como parceiro comercial e turístico.
- O deputado Anton Hofreiter (Verdes) chamou as falas de arrogantes e afirmou que Merz não assume liderança na proteção climática, o que, segundo ele, prejudica a imagem da política climática alemã.
- Maren Kaminski (A Esquerda) concordou, afirmando que as palavras depreciam o Brasil e seus habitantes; Rainer Rothfuß (AfD) disse que as críticas revelam falta de empatia, mas acredita que as relações não serão severamente afetadas.
- O governo alemão elogiou a natureza impressionante do Brasil, reafirmou respeito pela COP e disse que o chanceler gostaria de ter conhecido melhor a região amazônica; o presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu dizendo que Merz poderia ter aproveitado mais a cultura local, e o Itamaraty não comentou o episódio.
Deputados do Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro no Bundestag criticaram, nesta terça-feira (18), as declarações do chanceler federal da Alemanha, Friedrich Merz. As falas foram vistas como uma comparação negativa entre o Brasil e a Alemanha, levantando preocupações sobre a postura diplomática do governo alemão.
Merz, em um discurso recente, elogiou a “beleza” da Alemanha e comentou que os jornalistas que o acompanharam na Cúpula de Líderes em Belém estavam felizes por retornar ao país europeu. A deputada Isabel Cademartori, do Partido Social-Democrata (SPD), destacou que um chanceler deve evitar tratar países parceiros com “arrogância ocidental”. Ela enfatizou a importância do Brasil como um parceiro comercial e turístico da Alemanha.
Críticas e Responsabilidade
O deputado Anton Hofreiter, dos Verdes, também criticou Merz, chamando suas declarações de “arrogantes” e afirmando que o chanceler se recusa a assumir a liderança na proteção climática. Para Hofreiter, esse tipo de retórica prejudica a imagem da política climática da Alemanha. Maren Kaminski, do partido A Esquerda, concordou, afirmando que as palavras de Merz depreciam o Brasil e seus habitantes.
Rainer Rothfuß, da Alternativa para a Alemanha (AfD), reforçou a crítica, alegando que as declarações de Merz revelam falta de empatia e consciência sobre o desenvolvimento do Brasil. Apesar das críticas, Rothfuß acredita que as relações entre os dois países não serão severamente afetadas.
Resposta do Governo Alemão
Após a polêmica, o governo alemão elogiou a “natureza impressionante” do Brasil e reafirmou seu respeito pela Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP). O chanceler expressou seu desejo de ter conhecido melhor a região amazônica durante sua visita, destacando a importância da parceria com o Brasil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também respondeu às declarações de Merz, sugerindo que o chanceler deveria ter aproveitado mais a cultura local em vez de se queixar sobre sua visita. O Itamaraty, por sua vez, optou por não comentar o incidente.