- Aumento de ataques a jornalistas na Ucrânia preocupa a segurança da profissão; fotoperiodista Oleg Petrasyuk foi visto disparando contra um drone russo em Kostiantynivka, enquanto acompanhava uma repórter holandesa, e tentou derrubar o aparelho.
- Desde a invasão de fevereiro de dois mil e vinte e dois, o total de jornalistas mortos chega a cento e dezesseis, sendo dezoito civis entre eles. O uso de drones amplia as áreas de risco no terreno.
- Em Kostiantynivka, Petrasyuk, que atua como oficial de imprensa da Brigada vinte e quatro, orientou a colega a se abrigar quando um drone kamikaze se aproximou.
- Segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas, vinte e sete jornalistas estão detidos; a repressão na Rússia tem levado a exílio e criminalização de repórteres.
- Em uma gasolinera de Kostiantynivka, a jornalista Olena Gubanova foi morta por drone; o motorista Oleksandr Kolychev sobreviveu e afirmou que o ataque usou drone de alta capacidade, indicando conhecimento prévio da presença da equipe.
- A jornalista espanhola María Senovilla, que reside em Donetsk, afirmou que ataques indiscriminados dificultam a cobertura e citou um ataque a veículo claramente não militar com danos significativos, sem feridos.
O aumento dos ataques a jornalistas na Ucrânia tem gerado preocupações significativas sobre a segurança da profissão. Recentemente, o fotoperiodista ucraniano Oleg Petrasyuk foi visto disparando uma escopeta contra um drone russo, evidenciando a complexidade do trabalho de cobertura em meio ao conflito. Desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, 116 jornalistas foram mortos, com apenas 18 deles atuando como civis. O uso crescente de drones tem ampliado as áreas de risco, tornando a situação ainda mais perigosa.
A legislação marcial no país exige que cidadãos entre 25 e 60 anos se alistam, o que tem impactado a presença de repórteres no terreno. Em Kostiantynivka, Petrasyuk, que agora é oficial de imprensa da Brigada 24, estava acompanhando uma repórter holandesa quando um drone kamikaze se aproximou. Ele orientou a colega a se abrigar enquanto tentava derrubar o aparelho.
Aumento dos Ataques
Nos últimos meses, os ataques a jornalistas têm se intensificado, com drones sendo a principal ameaça. Gulnoza Said, do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), afirmou que, embora não haja confirmação de uma estratégia deliberada para atacar jornalistas, os dados sugerem que eles se tornaram alvos. De acordo com o CPJ, 27 jornalistas estão atualmente detidos, e a repressão na Rússia se intensificou, resultando em exílio e criminalização de repórteres.
Um incidente notável ocorreu em uma gasolinera em Kostiantynivka, onde a jornalista Olena Gubanova foi morta por um drone. Ela e sua equipe, que não estavam identificados como imprensa, foram atacados enquanto se deslocavam. O motorista, Oleksandr Kolychev, sobreviveu e relatou que o ataque foi realizado com um drone de alta capacidade, sugerindo que os russos estavam cientes da presença da equipe.
Desafios e Riscos
Os repórteres que atuam na região enfrentam riscos extremos. A jornalista espanhola María Senovilla, que reside em Donetsk, destacou que os ataques indiscriminados dificultam a cobertura jornalística. Ela mencionou um ataque recente a um veículo claramente identificado como não militar, que resultou em danos significativos, mas sem feridos. “Isso mostra que é cada vez mais difícil realizar nosso trabalho”, afirmou.
A situação na Ucrânia, embora perigosa, oferece um espaço de cobertura mais amplo em comparação com a repressão severa enfrentada por jornalistas na Rússia. A crescente utilização de drones, no entanto, continua a complicar a segurança, ampliando a zona de perigo para todos os envolvidos no conflito.
